Panorama
 
 
 

MINISTÉRIO PÚBLICO PEDE DEMOLIÇÃO DE
PORTO GRANELEIRO DA CARGILL EM SANTARÉM

Panorama Ambiental
Santaré (PA) - Brasil
Dezembro de 2003

Ministério Público pede demolição de porto graneleiro da Cargill em Santarém. Decisão também prevê suspensão das atividades da multinacional americana.

O Ministério Público anunciou hoje que vai entrar com uma ação na Justiça Federal pedindo a demolição do porto graneleiro da Cargill, construído no Porto de Santarém, no Pará. O MP também vai entrar com pedido de liminar pela suspensão das atividades da multinacional americana no local até que a Justiça tome uma decisão final.
O porto da Cargill foi construído na praia de Santarém com base em liminar judicial, recentemente derrubada pelo Ministério Público Federal. As decisões do Ministério Público foram tomadas após consulta com representantes da sociedade civil de Santarém. Nos últimos dias, o Greenpeace documentou extensos desmatamentos e queimadas na região. A devastação das florestas e savanas da área analisada pela organização ambientalista é provocada pelo plantio da soja, que tem atraído produtores do Mato Grosso e do sul do Brasil. O Greenpeace está na região há mais de um mês, usando um navio, um avião e um helicóptero, para documentar o avanço do desmatamento e a exploração ilegal de madeira. As imagens registradas pela organização mostram que, apesar dos esforços do governo, que anunciou recentemente um pacote de medidas e políticas para conter o desmatamento na Amazônia, o avanço da iniciativa privada sobre áreas de floresta ainda está sem controle.
 
Três fatores desempenham papel fundamental na expansão da soja pelo oeste paraense: o baixo custo da terra, a falta de infra-estrutura adequada para fiscalização, e a instalação pela Cargill de um porto graneleiro em Santarém, tradicional pólo turístico do Pará e segundo maior porto do Estado. No início do ano, um hectare de terra podia ser comprado por R$ 50 no município. Com a chegada dos “gaúchos”, como são chamados os plantadores de soja, o preço já está em torno de R$ 900. Comunidades rurais inteiras já desapareceram, e moradores venderam seu direito de posse e se mudaram para a periferia da cidade. No período entre agosto de 2001 e agosto de 2002, o desmatamento cresceu 40% em relação aos 12 meses anteriores. Análises de imagens de satélite processadas pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram claramente que a destruição escapou dos limites do chamado “Arco do Desmatamento” - uma imensa faixa que vai do leste e sul do Pará em direção ao Acre, passando pelo norte de Mato Grosso e Rondônia - para mergulhar fundo no coração da floresta.
Com base em pesquisa de campo, o Greenpeace receia que o desmatamento em 2003 seja ainda maior do que em 2002. Além do efeito direto do plantio da soja - em geral precedida pelo plantio de arroz em áreas recém-desmatadas, e queimadas - nota-se também o efeito indireto: dados ainda empíricos demonstram que a pecuária tradicional está dando lugar à soja - com o gado sendo empurrado para novas áreas que estão sendo desmatadas, depois de intensamente exploradas por madeireiros. “Observamos na Amazônia um consórcio maligno entre madeira ilegal, grilagem, pecuária extensiva e soja”, disse o coordenador da Campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário. “O governo precisa implementar seus planos de conter o desmatamento e fortalecer o Ministério do Meio Ambiente, antes que seja tarde demais para salvar extensas regiões da Amazônia da exploração predatória. O destino da Amazônia, de seus solos pobres e floresta rica em biodiversidade, é a exploração sustentável dos recursos florestais."
 

Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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