Panorama
 
 
 

VOLUNTÁRIOS DO POMAR RECEBEM
VOLUNTÁRIOS DE HOSPITAL PÚBLICO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Dezembro de 2003

José Jorge Neto/SMA
O meio ambiente, assim como a área social, é um campo de atuação bastante procurado por pessoas dispostas a dedicar parte de seu tempo a atividades em benefício da coletividade. Homens e mulheres, cujas preocupações individuais são deixadas de lado por algumas horas semanais, em função do bem comum, têm algo a comemorar neste 5 de dezembro: o Dia do Voluntariado. Este é o caso de Helenice Molina, há dois anos presidente da Associação de Voluntários do Hospital Vila Nova Cachoeironha.
Acompanhada de um grupo de companheiras da entidade, ela conheceu na manhã desta quarta-feira (3/12) a sede do Projeto Pomar, na Marginal Pinheiros, em São Paulo. Nem o sol intenso, responsável pelos mais de 30º C de temperatura, tirou o bom humor e animação do grupo.
As câmaras fotográficas registravam tudo, das capivaras na beira do rio aos belos pássaros em busca dos frutos das árvores ali plantadas, além, é claro, elas mesmas, exibindo sorrisos largos e joviais. Mais atrás, na mesma estradinha de terra que dá acesso aos muitos quilômetros de área marginal do Rio Pinheiros, paisagisticamente recuperada, um microônibus trazia os participantes do 3º Programa de Voluntários do Projeto Pomar, que recebem orientações sobre produção de mudas, coleta de sementes e manejo do viveiro de orquídeas, entre outras coisas. Desde 2001, o Projeto Pomar recebe grupos de voluntários que aprendem sobre jardinagem e cultivo de plantas.
“A gente vai para a poda, faz coroagem, adubamento, tira os matinhos, colhe as sementes para plantar nos copinhos, pois tudo aqui se aproveita, nada é jogado fora”, atestou Olga Cortez, uma das cem pessoas do grupo atual, que começou o programa no dia 1º de outubro, devendo permanecer por um ano, trabalhando em conjunto com a equipe de funcionários e os 120 bolsistas da Frente de Trabalho. Diferente de Olga, uma “voluntária de carteirinha”, Sérgio Luciano Vidal, de 24 anos, sai de Osasco até a sede do projeto todas as manhãs de quarta-feira com um objetivo: “O que me traz aqui é o conhecimento, quero montar uma empresa de jardinagem”, diz. “Aqui, a gente mais aprende do que trabalha”, completa aquele que, à procura de um curso sobre cultivo de plantas ornamentais, viu em um anúncio de jornal a oportunidade de aprender o ofício no Projeto Pomar.
José Jorge Neto/SMA
As voluntárias do Hospital Vila Nova Cachoeirinha também estavam lá por um motivo específico: conhecer a sede do programa que as auxiliou na construção de seu próprio jardim. Em fase de finalização e às vésperas da inauguração, que deve acontecer no próximo dia 15, quando se celebra o Dia do Jardineiro, o jardim construído na frente do hospital é resultado de um trabalho de 72 pessoas, entre bolsistas de Frentes de Trabalho e voluntárias, e conta com apoio de empresas parceiras, que prestam serviço para o hospital. “Nós tínhamos esse terreno de uns 20 mil m2 que não era usado e me surgiu a idéia de utilizá-la para o cultivo de plantas. Procurei o pessoal do Projeto Pomar para nos orientar. Eles foram bastante solícitos”, conta Aglae Gambrasio, diretora do hospital que o conduz com pulso firme. Aglae conseguiu ainda a doação de adubo e o serviço terraplanagem do terreno foi realizado por uma empresa especializada, que o fez gratuitamente em nome da mesma responsabilidade social que faz o Projeto Pomar possível. A diretora pediu ainda o auxílio das voluntárias do hospital, que atenderam prontamente, iniciando os trabalhos em maio deste ano. A associação já tem planos para expandir os trabalhos de jardinagem. Maria Pereira Rocha coordenará a implantação do Projeto Pomar no hospital, com espécies frutíferas e outras plantas. “Lidei muito tempo com plantas, pois tive uma floricultura por 15 anos, eu adoro esse trabalho”, conta a decoradora aposentada.

Voluntárias por paixão

O hospital tem 1.200 funcionários e realiza 22 mil atendimentos mensais no pronto-socorro e três mil no ambulatório. São cerca de mil pacientes internados todos os meses. Helenice conta que a Associação de Voluntários do Hospital Vila Nova Cachoeironha contribui de diversas formas, fazendo doação de muletas e
José Jorge Neto/SMA
cadeiras de roda, lidando com mães antes e depois do parto e ajudando até na alimentação de pacientes dependentes, cuja situação exigiria de funcionários um tempo de que dificilmente dispõem. “A gente não faz isso por obrigação, a gente faz por amor e dedicação às pessoas”, jura Helenice. A associação, sem fins lucrativos, está em atividade há quase dez anos, contando com um grupo de 80 voluntárias, cujas atividades transcendem os limites do hospital. Segundo a presidente, a associação realiza um amplo trabalho social na região, sobretudo nas proximidades do hospital, localizada em uma área com muitas pessoas carentes, na Zona Norte de São Paulo. “O trabalho no hospital é a melhor terapia da minha vida. É uma troca de amor sem interesse: a gente faz sem saber a quem”, conta Helenice, viúva há 11 anos e mãe de três filhos, todos bacharéis em Direito.
Antes de ser eleita para a presidência da associação, ela foi vice por sete anos. Olga Cortez também tem uma história como voluntária que remonta uma década. É encarregada há anos da parte de gestantes em uma creche dirigida pela Seara Bendita, uma instituição espírita localizada na Vila Joanisa, na Zona Sul de São Paulo. Dá ainda aulas de moral cristã pela Ação Social de Nossa Senhora de Fátima, dirigida pelo Frei Xavier, no Bairro de Veleiros,
na região de Interlagos onde mora. No Projeto Pomar, começou há dois meses. “Você chega aqui achando que vai fazer um curso de jardinagem. Você vai aprender não só jardinagem, mas a conscientização do que representa o projeto: por que isso existe e por que tem de existir? É muito mais profundo”, explica Olga, para quem “voluntariado é uma questão de consciência”. “Aqui, o trabalho do voluntário é muito importante e bonito, uma vez que ele doa parte do seu tempo para o embelezamento de uma área que pertence à comunidade. Eles ajudam a transformar uma terra de ninguém em terra de todo mundo”, comenta a arquiteta Ana Lúcia Pinto de Faria Burjato, do Projeto Pomar, que cuida das equipes de voluntários desde o início, em 2001.
José Jorge Neto/SMA

O Projeto Pomar

Inaugurado em setembro de 1999, o Projeto Pomar tem como objetivo a recuperação ambiental e paisagística das margens do Rio Pinheiros e a valorização da cidadania dos trabalhadores desempregados cadastrados nas Frentes de Trabalho do Governo do Estado. Os trabalhos foram iniciados com um criterioso diagnóstico da área, que considerou a existência de várias interferências, como redes de transmissão de energia, emissários de esgoto e cabos de telecomunicação, entre outros. Considerou também as condições ambientais, bastante alteradas em relação à situação original, permanecendo abandonada e degradada por várias décadas. O Projeto Pomar, que já promoveu a recuperação de 26 km ao longo das duas margens do rio, recebe cerca de mil visitantes por mês, principalmente estudantes. Outros vêm atraídos por atividades como as seis oficinas de Cultivo de Orquídeas realizadas em 2003.

Fonte: Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Osmar Soares)

 
 
 
 

 

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