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MMA ENTREGA
PRÊMIO ÁGUA DE LASTRO
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2003
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O secretário
executivo do Ministério do Meio Ambiente,
Cláudio Langone, entregou, na última
sexta-feira (21), o Prêmio Água de
Lastro ao vencedores do concurso de cartazes promovido
pela Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA) para
divulgar os problemas causados pela transferência
de espécies exóticas na água
usada para lastro dos navios mercantes. Os cartazes
serão distribuídos em escolas, universidades,
portos e instituições públicas
e privadas envolvidas com o tema. Em abril, no Rio
de Janeiro, os problemas e as iniciativas de controle
da água de lastro serão debatidos
em um workshop internacional. O Brasil, por meio
da SQA, participa de um programa de gestão,
o GloBallast, desenvolvido pela Organização
Marítima Internacional – IMO, que visa a
aprovação de uma convenção
internacional prevista para vigorar a partir de
2004.
As consequências causadas pelo transporte
de espécies na água de lastro dos
navios nos ecossistemas marinhos ainda são
pouco discutidas no Brasil. O concurso de cartazes
foi o primeiro passo para divulgar mais amplamente
a questão. Para produzir os trabalhos, os
concorrentes precisaram pesquisar sobre o tema e
muitos se surpreenderam com as informações.
Para o primeiro colocado, Paulo Salvador Martorelli,
foi difícil trabalhar o tema, por tratar-se
de um problema desconhecido. Alessandra Trovó,
que faz o curso de doutorado em genética
humana, disse que não conhecia o assunto
e pesquisou muito antes de produzir o cartaz que
tirou o segundo lugar. Só José Augusto
Massena Reis, terceiro colocado, não teve
dificuldades com o tema. Massena já coordenou
a representação no Brasil do Comitê
de Proteção de Meio Ambiente Marinho,
órgão da IMO.
De acordo com estudos técnicos, de três
a quatro mil espécies são transportadas
por dia nos tanques de água dos navios. Peixes,
moluscos, plantas, larvas, vibriões, vírus,
bactérias são transferidos de seus
ecossistemas e conseguem proliferar em ambientes
onde não existem predadores naturais. No
Brasil, a invasão mais conhecida é
a do mexilhão dourado, uma espécie
de molusco originário dos rios asiáticos,
mas que suporta teores baixos de salinidade. Esta
espécie foi introduzida na Argentina, no
rio da Prata, por meio de água de lastro
de navios mercantes vindos da Ásia em 1991.
Hoje os mexilhões já invadem as turbinas
e filtros da Hidrelétrica de Itaipu e do
Departamento de Águas e Esgoto de Porto Alegre
(RS).
Fonte: MMA (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa