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MADEIREIROS
DESTRÓEM CASTANHAIS DENTRO DA ÁREA
PROPOSTA PARA CRIAÇÃO DE RESERVA
EM PORTO DE MOZ (PA)
Panorama Ambiental
Piracicaba (SP) – Brasil
Novembro de 2003
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Greenpeace demanda
que todas as empresas parem de comprar madeira ilegal
e criminosa proveniente da região
Trinta
e seis quilômetros de estradas e pelo
menos 180 quilômetros de ramais recortam
uma área de ocorrência de castanha-do-Brasil
em Porto de Moz, no Pará. Ativistas
do Greenpeace percorreram parte da estrada
que liga o plano de manejo, pertencente a
Paulo Pombo Tocantins (1), ao porto madeireiro,
e encontraram diversos tocos, trilhas de arraste
de toras por tratores skidders e toras de
madeira abandonadas. Eles checaram as coordenadas
dos locais e constataram a total ilegalidade
da exploração madeireira. Paulo
Pombo, ligado à empresa Selvapad, usava
o plano de manejo para esquentar madeira ilegal.
No porto da Selvapad, à margem esquerda
do rio Jaurucu, o Greenpeace encontrou pelo
menos seis mil m3 de tora, de espécies
diversas, predominando massaranduba. |
Ativistas
pintaram as toras de madeira com as palavras
“Crime” e “Ilegal”, e marcaram o local com
a faixa indicativa de crime florestal. Eles
também pintaram uma balsa abandonada
e a colocaram na entrada do pátio madeireiro.
Após a ação pacífica,
o Greenpeace contatou o Ibama para passar
todas as informações sobre as
áreas de exploração ilegal.
A organização ambientalista
vem seguindo a pista de Paulo Pombo desde
a denúncia de comunitários.
No dia 11 de novembro, ativistas foram procurados
por ribeirinhos para falar dos problemas provocados
pela empresa Selvapad.
Foram relatados diversos casos em que o pique
aberto na floresta pela Selvapad,
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com
o objetivo de aumentar seu domínio
sobre terras na região, cortava roças
e quintais de comunitários. Eles relataram
também que tiveram de se organizar
para impedir a retirada de pelo menos 300
árvores de sua área comunitária.
Esta madeira certamente seria esquentada com
os papéis do plano de manejo de Paulo
Pombo. |
Os
funcionários e os maquinários
foram retirados às pressas na noite
do dia 19 de novembro, em uma balsa. Pela
segunda noite consecutiva, o Greenpeace testemunhou
a retirada de maquinários de empresas
madeireiras atuando na região do rio
Jaurucu. Essa fuga caracteriza a ilegalidade
vigente na região de Porto de Moz,
demonstrando a falta de compromisso com a
floresta e o excesso de zelo com seus equipamentos.
“Acreditamos que o material e os homens foram
retirados para evitar o flagrante e a apreensão
dos equipamentos pelo Ibama, que vem realizando
um verdadeiro pente-fino contra o mau manejo
florestal na região”, disse Nilo D’Avila,
da campanha da Amazônia do Greenpeace. |
“É
inadmissível que madeireiros como Paulo
Pombo tenham conseguido aprovar, no passado,
planos de manejo junto ao Ibama com documentos
de terra precários, e ainda se utilizar
do projeto para esquentar madeira que explora
ilegalmente, como eu vi na floresta. Espero
que na nova administração do
Instituto essa prática seja banida
definitivamente e que a reserva Verde para
Sempre seja criada o mais rápido possível
como forma de garantir o uso responsável
dos recursos naturais pelas comunidades tradicionais”.
O plano de manejo está localizado na
Fazenda Jarauçu, cujos títulos
de terra são baseados em declarações
emitidas pelo Iterpa (Instituto de Terras
do Pará) de que existe um processo
no órgão estadual, que
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pode
ou não ser indeferido. Essas declarações
não são suficientes para garantir
a posse da terra - elas somente indicam a
existência de um processo no instituto
estadual de terras. No entanto, tais documentos
foram amplamente utilizados para apresentação
de planos de manejo junto ao Ibama.
Há três anos, as comunidades
ribeirinhas de Porto de Moz e Prainha lutam
pela criação de reservas extrativistas
(2), como única forma de garantir o
seu direito de uso da terra e o manejo responsável
dos recursos naturais da região. O
Greenpeace espera que as empresas párem
imediatamente de comprar madeira proveniente
da região de Porto de Moz e Prainha.
Para a organização, esta madeira
tem origem ilegal e criminosa, além
de ser roubada das comunidades tradicionais
que dependem da floresta para sobreviver.
A atividade de hoje faz parte da expedição
do Greenpeace pelo Pará (3). O Greenpeace
promove o uso ecológico e socialmente
responsável dos recursos florestais,
bem como o estabelecimento de uma rede de
áreas protegidas em regiões
de florestas primárias em todo o mundo. |
Notas:
(1)
Paulo Pombo Tocantins é um dos maiores “toreiros”
da região de Porto de Moz e fornece madeira
para várias indústrias madeireiras,
como Eidai do Brasil Madeiras S/A, Intelnave - Indústria,
Comércio e Navegação Tellaviv
Ltda, e Tropical Produtos de Madeira Ltda (EPP).
(2) Reserva extrativista é uma área
protegida por lei, reconhecida pelo governo federal,
que garante que as famílias que moram no
local explorem os recursos naturais da região
de forma limitada e organizada. A área da
reserva proposta pelas comunidades de Porto de Moz
tem aproximadamente 1,3 milhão de hectares
e vai abrigar cerca de 15 mil pessoas.
(3) O navio do Greenpeace MV Arctic Sunrise está
na região amazônica para denunciar
os madeireiros que atuam ilegalmente e promover
o uso sustentável dos recursos naturais da
região.
Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
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