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MINISTÉRIO,
ESTADOS E MUNICÍPIOS UNIDOS
NA PREVENÇÃO A ACIDENTES AMBIENTAIS
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2003
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O Ministério
do Meio Ambiente realizou, nesta quarta- feira (20),
o 1º Seminário sobre o Plano Nacional
de Prevenção, Preparação
e Resposta Rápida a Emergências Ambientais
(P2R2), uma iniciativa pioneira em nível
nacional. O encontro foi na sede da Organização
Pan-americana da Saúde (Opas), em Brasília.
"O plano vem sendo desenvolvido, desde o início
de nossa gestão, para coordenar esforços
de estados, municípios, governo federal e
várias outras instituições
para montar um sistema que permita a prevenção
e a atuação rápida em caso
de acidentes, reduzindo impactos", disse a
ministra Marina Silva. Segundo ela, o plano deverá
estar totalmente estruturado no início de
2004.
Participaram do Seminário representantes
dos ministérios do Trabalho, da Saúde,
dos Transportes, da Integração Nacional,
da Anamma (Associação Nacional de
Municípios e Meio Ambiente), do Pnuma (Programa
das Nações Unidas para o Meio Ambiente),
o presidente do Ibama, Marcus Barros, o secretário
de Recursos Hídricos do MMA, João
Bosco Senra, o diretor-presidente da ANA (Agência
Nacional de Águas), Jerson Kelman, o representante
da Opas no Brasil, Jacobo Finkelman, além
de secretários do Ministério do Meio
Ambiente.
O P2R2 prevê, basicamente, a preparação
dos órgãos e instituições
do setor público ambiental, em todos os seus
níveis, do setor privado e da população,
para prevenir acidentes com produtos perigosos e,
caso ocorram, para que possam dar uma resposta rápida
e de qualidade, minimizando os impactos no meio
ambiente, nas populações, na economia.
Em um primeira etapa, será realizado mapeamento
de áreas de risco em todo o país,
bem como das comunidades suscetíveis a impactos
decorrentes de acidentes. Serão identificadas
empresas que trabalhem com substâncias químicas
potencialmente perigosas, depósitos de resíduos,
além de estradas e ferrovias onde há
transporte de cargas perigosas. "Todo esse
levantamento irá aproveitar dados de estados,
de municípios, de instituições
de ensino e pesquisa, do Ibama, com critérios
uniformes que facilitem o planejamento de ações
e a troca de informações", explicou
Marília Marreco, assessora especial do Ministério
do Meio Ambiente. Todas as informações
levantadas serão disponibilizadas de forma
pública em um banco de dados nacional.
Com essa análise de riscos, será possível
elaborar planos de prevenção e emergência
específicos, definido ações
para cada tipo de acidente. "Embora os procedimentos
de alerta sejam semelhantes, a resposta para cada
tipo de ocorrência depende do tipo de substância
e do local onde ocorreu o acidente", disse
Marília Marreco. Além disso, o plano
prevê a informação prévia,
rápida e qualificada à população
sobre como proceder em caso de um acidente.
SISNAMA
Uma das diretrizes
do Ministério do Meio Ambiente é a
efetivação do Sistema Nacional do
Meio Ambiente (Sisnama), o conjunto dos órgãos
públicos de meio ambiente, em todos os níveis.
Para tanto, é fundamental a ação
conjunta de estados, municípios, do governo
federal e demais órgãos na solução
de problemas locais, regionais e nacionais. "O
Plano Nacional de Prevenção, Preparação
e Resposta Rápida a Emergências Ambientais
será um verdadeiro piloto para a efetivação
do Sisnama, para uma real integração
federativa", salientou o secretário-executivo
do MMA, Claudio Langone.
Durante o Seminário, representantes dos órgãos
ambientais dos estados do Paraná, Rio de
Janeiro, São Paulo e Minas Gerais apresentaram
experiências com acidentes ambientais em seus
territórios. A Cetesb (Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental) de São Paulo, por
exemplo, registrou quase 5 mil acidentes desde 1978.
Hoje, com o Setor de Operações de
Emergência, mantém 13 técnicos
em plantão. A maioria dos acidentes no estado
(36%) ocorre nas rodovias. Pesquisas mostram que
o Brasil transporta cerca de 3 mil substâncias
perigosas em suas estradas.
Para o vice-presidente da Abema (Associação
Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente)
e secretário de Meio Ambiente de Goiás,
Paulo Souza Neto, o P2R2 se destaca em três
pontos. "Ele se dispõe a receber as
contribuições dos estados, possibilita
um debate efetivo no âmbito do Sisnama e,
fundamental, vai permitir que os órgãos
se adiantem aos acidentes", destacou.
POPULAÇÃO
As comunidades vizinhas
à áreas de risco terão papel
importante na comunicação de acidentes
ou situações perigosas. Depois de
mapeados os locais vulneráveis, essas populações
serão alertadas sobre o tipo de substâncias
depositadas e os efeitos tóxicos de um acidente.
Isto possibilitará atenção
para eventuais mudanças ambientais e também
para que as comunidades possam solicitar das autoridades
e de empresários a implementação
de medidas para reduzir riscos.
Uma sala de monitoramento de emergências ambientais
está sendo implantada no Ibama, em Brasília.
Também entrará em funcionamento um
número do tipo 0800 (gratuito) que receberá
chamadas de todo o país.
FUNDO
Os recursos para
a implantação do Plano de Prevenção,
Preparação e Resposta Rápida
a Emergências Ambientais estarão previstos
no Plano Plurianual 2004-2007. Além disso,
o MMA disponibilizará verbas por meio do
Fundo Nacional do Meio Ambiente, no Exterior e em
Fundos Setoriais para a implantação
do plano. "Estamos trabalhando para a criação
de um Fundo Nacional para a implementação
do P2R2", salientou a ministra Marina Silva.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa