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PILHAS E
BATERIAS SÃO TEMA DE PALESTRA
NO ENCONTRO PROMOVIDO PELA CETESB
Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Agosto de 2003
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Pilhas e baterias
são resíduos que podem constituir
um grave risco para a saúde pública
e o meio ambiente. É por isso que o assunto
mereceu destaque no 4º Encontro Técnico
da ASEC – Associação dos Engenheiros
da CETESB num dos painéis desta quinta-feira
(21/8), no segundo e último dia do evento.
Uma resolução do CONAMA – Conselho
Nacional do Meio Ambiente disciplina os procedimentos
relativos à coleta, reutilização,
reciclagem, armazenamento, tratamento e disposição
final de pilhas e baterias a serem adotadas por
importadores, fabricantes e comerciantes desses
produtos. Trata-se da Resolução 257,
de 30 de junho de 1999, que estabelece os níveis
de metais pesados, como mercúrio, cádmio
e chumbo na composição de pilhas e
baterias a partir de 2000. Em 2001, os limites foram
diminuídos.
A resolução determinou ainda que fabricantes,
importadores, comerciantes e rede autorizada devem
implantar mecanismo operacionais para a coleta,
transporte e armazenamento adequado das pilhas e
baterias.
Participaram das palestras Cleuza de Moraes Gomes,
técnica do Projeto PNUD do MMA – Ministério
do Meio Ambiente, Luiz Antônio Coelho, representando
a ABINEE – Associação Brasileira de
Indústria Elétrica e Eletrônica,
Luiz Carlos Ceolato, da Motorola Industrial Ltda.,
e o especialista em Tratamento de Resíduos
Sólidos e Processos de Reciclagem, Jorge
Alberto Soares Tenório. O painel teve como
moderador José Arnaldo Gomes, da Secretaria
do Meio Ambiente do Estado.
A preocupação dos engenheiros da CETESB
se justifica, pois os metais encontrados na composição
de pilhas e baterias são extremamente prejudiciais
ao meio ambiente. É o caso do cádmio,
que chega a ficar até 30 anos no organismo
contaminado, instalando-se em fígados, pulmões
e ossos, onde causa danos como a osteoporose e disfunções
renais. O mercúrio, que contamina o ser humano
por vias aéreas e ou pela ingestão
de água e alimentos contaminados, pode afetar
órgãos vitais como o cérebro
e os pulmões, além de prejudicar o
desenvolvimento de fetos.
Nos últimos quatro anos, mais de 11 toneladas
de baterias foram despejadas com o lixo doméstico.
O Brasil possui hoje cerca de 15 milhões
de aparelhos celulares, cujas baterias são
descartadas periodicamente.
Fonte: SMA (www.ambiente.sp.gov.br)
Osmar Soares