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PLANOS DE
MANEJO APTOS
SÃO MAIORIA NO MATO GROSSO
Panorama Ambiental
Cuiabá (MT) - Brasil
Outubro de 2003
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Dos 2.175 planos
de manejo florestal protocolados no Ibama de Mato
Grosso, 232 estão aptos, 66 foram suspensos
temporariamente e apenas 59 estão cancelados.
Outros 977 planos estão em fase inicial de
cadastramento e poderão, futuramente, se
incluir entre os planos considerados aptos para
entrar em funcionamento. Há ainda 626 planos
em processo de análise e 32 em manutenção.
O levantamento revela que é possível
o setor estar sintonizado com a legislação
ambiental em vigor no país e que o uso sustentável
de recursos florestais na Amazônia torna-se,
gradualmente, o princípio que orienta a atividade
madeireira na região. A avaliação
é do gerente do Ibama no Estado, Hugo Werle.
Em relação aos planos de manejo suspensos
no Mato Grosso, Hugo Werle explica que o principal
problema que os impede se relaciona às dificuldades
para a averbação da área de
reserva legal nas propriedades. Essa situação
atinge 49% dos planos de manejo protocolados no
Ibama.
Conforme a Medida Provisória 2166/01, o proprietário
de terra na Amazônia deve registrar (averbar)
em cartório 80 por cento da área como
reserva legal. A averbação só
pode ser feita com a regularização
fundiária da propriedade. Todavia, o gerente
do Ibama lembra que isso nem sempre é possível
devido aos problemas fundiários existentes
e que são históricos na região.
Segundo ele, além da questão fundiária,
muitas vezes falta experiência do empreendedor
na hora de executar os planos de manejo. Para se
ter uma idéia, o segundo maior fator que
leva à suspensão dos planos de manejo
é justamente a falta de dados nas plantas
topográficas. “Características peculiares
da floresta amazônica necessitam de soluções
tecnológicas adequadas para garantir sua
sustentabilidade, o que requer conhecimento específico
por parte dos engenheiros florestais responsáveis
pelos planos de manejo e isso pode demorar algum
tempo”, explica o gerente.
Avanços no setor - Apesar de haver entraves
legais e técnicos, o gerente do Ibama considera
que o setor mostra significativos avanços
desde que começaram as primeiras experiências
com o manejo florestal sustentável no Mato
Grosso, há cerca de 15 anos. Hugo Werle lembra
que existem importantes experiências de manejo
florestal no Mato Grosso.
Em tais experiências, o setor produtivo, a
sociedade e o governo se unem em busca de soluções
que viabilizem a economia regional. “Temos que tomar
todas as medidas necessárias para reverter
os altos índices de desmatamento que atingem
quase um milhão de hectares por ano no Estado.
Esta é uma tarefa de toda a sociedade que
exige a reversão dos índices de desmatamento
na Amazônia”, disse.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de comunicação