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169 MUNICÍPIOS
PAULISTAS ARRECADAM
R$ 39,6 MILHÕES EM ICMS ECOLÓGICO
Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2003
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A
Constituição determina ainda
que, da parte que cabe aos municípios,
pelo menos 75% devem ser distribuídos
em função do valor adicionado
nas operações relativas à
circulação de mercadorias e
à prestação de serviço |
SMA/José
Jorge Neto

Área de preservação do
PETAR em Iporanga |
realizadas
em seus territórios, ficando a distribuição
dos 25% restantes para ser regulamentada por
lei estadual.
No Estado de São Paulo estabeleceu-se
que, da cota dos municípios, 76% devem
ser calculados em função do
valor adicionado e 24% divididos da seguinte
forma: 3% por conta da área cultivada,
2% do componente percentual fixo, 0,5% dos
espaços territoriais especialmente
protegidos, 0,5% dos reservatórios
de água destinados à geração
de energia elétrica, 13% da população
e 5% da receita tributária própria.
Desta maneira, dos R$ 31,7 bilhões
de ICMS arrecadados em São Paulo no
ano passado, 75% (ou R$ 23,8 bilhões)
ficaram com o Estado e 25% (ou R$ 7,9 bilhões)
com os municípios. É desta parcela
que se deduz 0,5% (ou R$ R$ 39.632.785,42)
que corresponde ao ICMS Ecológico destinado
aos que possuem áreas especialmente
protegidas. |
Nigosky explica
que os benefícios são calculados
em função dos espaços
legalmente protegidos existentes nos municípios
em relação ao total existente
no Estado, segundo coeficientes de ponderação
que conferem peso 1,0 às estações
ecológicas, 1,0 às reservas
biológicas, 0,8 aos parques estaduais,
0,5 às zonas de vida silvestre em áreas
de proteção ambiental, 0,2 às
reservas florestais, 0,1 às áreas
de proteção ambiental e 0,1
às áreas naturais tombadas.
O economista lembra que a lei considera apenas
as áreas de preservação
estaduais, excluindo as federais e municipais.
Lembra ainda que o recurso não é
“carimbado”, isto é, não há
a obrigatoriedade de aplicá-lo exclusivamente
em ações de caráter ambiental.
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Os municípios beneficiados
O levantamento de Nigosky mostra
que os municípios localizados no Vale do
Ribeira, onde se concentram os maiores contínuos
de Mata Atlântica, são os que receberam
as maiores quantias em ICMS Ecológico em
2002. Veja na tabela os municípios que mais
receberam:
Município |
Valor
recebido (em R$) |
Iguape |
1.984.158,32 |
Barra
do Turvo |
1.812.926,49 |
Eldorado |
1.756.016,61 |
Iporanga |
1.708.953,67 |
Ubatuba |
1.411.904,63 |
Cananéia |
1.152.906,58 |
Pedro de Toledo |
1.103.759,88 |
São Paulo |
1.065.998,92 |
Caraguatatuba |
1.057.186,91 |
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SMA/José Jorge
Neto 
Área de preservação do
PETAR em Iporanga |
Dos
nove municípios que receberam valor
superior a R$ 1 milhão, seis se localizam
no Vale do Ribeira. Ubatuba e Caraguatatuba
encontram-se no Litoral Norte abrigando grande
parte do Parque Estadual da Serra do Mar.
O Município de São Paulo, com
uma realidade geográfica e social totalmente
diversa, recebeu o ICMS Ecológico por
conta das APAS da Mata do Iguatemi, Fazenda
do Carmo e Várzea do Tietê, além
de nove áreas naturais tombadas como
o Jardim da Luz, Parque da Aclimação,
Parque Tenente Siqueira Campos, Parque do
Ibirapuera, Casa Modernista, Parque da Independência
e outras. O cálculo incluiu ainda os
Parques Estaduais da Cantareira, Alberto Lofgren,
Jaraguá, Fontes do Ipiranga, Serra
do Mar e os Parques Ecológicos do Tietê
e do Guarapiranga e a Reserva Biológica
de Vila Facchini.
Iguape, que foi o município mais beneficiado,
tem parte de seu território ocupado
por 2.699,60 hectares da Estação
Ecológica Chauás, 63.755,93
hectares da Estação Ecológica
Juréia-Itatins e 98.442 hectares da
Área Natural Tombada da Serra do Mar
e Paranapiacaba. Barra do Turvo, em segundo
lugar, abriga 79.139,89 hectares do Parque
Estadual do Jacupiranga e 3.555,21 hectares
da Área de Proteção Ambiental
da Serra do Mar.
Em 2002, dez novos municípios, onde
o Estado criou áreas legalmente protegidas,
foram incluídos entre os que recebem
ICMS Ecológico.
São os seguintes: Agudos, que recebeu
R$ 36.706,41; Avaí, R$ 190.191,45;
Balbinos, R$ 81.461,95; Duartina, R$ 47.265,07;
Embu-Guaçu, R$ 49.366,28; Pirajuí,
R$ 102.590,95; Piratininga, R$ 106.643,19;
Presidente Alves, R$ 95.561,07;
Reginópolis, R$ 129.638,16; e Urú,
R$ 52.026,30. |
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Fonte: SMA (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Newton Mizuho Miura)
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