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CONSERVAÇÃO
RODOVIÁRIA:
ECOTURISMO E INFRA-ESTRUTURA
Panorama Ambiental
São Miguel Arcanjo (SP) – Brasil
Abril de 2003
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A Semana Santa,
prolongada este ano pelo feriado de 21 de abril,
propicia às pessoas a possibilidade de realizarem
viagens de curta ou longa distância. Muitos
doçs que residem em Sorocaba e têm
parentes ou amigos em cidades próximas ganharam
ou estão por ganhar a estrada, a fim de revê-los
e estreitar os laços afetivos.
Coincidentemente, dois prefeitos da Região
- Rubens Caetano da Silva (PMDB), de Piedade, e
Marcos Tadeu Andrade (PFL), de Iperó - estiveram,
nestes últimos dias, se mobilizando junto
a órgãos e estruturas estaduais visando
conseguir a melhoria das estradas através
das quais seus municípios se interligam com
a malha rodoviária paulista.
Temos hoje, na região, uma Estrada-Parque
entre Itu e Pirapora do Bom Jesus. Uma segunda vem
sendo prometida a São Miguel Arcanjo, cortando
a Serra da Macaca e o Parque Estadual "Carlos
Botelho".
O problema é a existência, ao lado
dessas experiências inovadoras, de uma estrada-armadilha,
como é o caso do trecho da SP 79 que se estende
de Votorantim a Piedade. É difícil
imaginar que em algum lugar do mundo, a não
ser, talvez, num país cujas rodovias tenham
sido duramente bombardeadas ao longo de um conflito
bélico, uma estrada tão ruim, tão
perigosa, tão cheia de riscos impossíveis
de se prever, na pista e acostamentos, como é
o caso dessa rodovia.
Ela representa, além de um transtorno para
os muitos que a percorrem diariamente, nos dois
sentidos, um empecilho sério a que se desfrute
das maravilhas turísticas com que a natureza
premiou Piedade e sua vizinha Tapiraí.
Os dois casos colocam em pauta a questão
de como financiar e tornar realidade a permanente
manutenção das rodovias administradas
diretamente pelo governo paulista.
Também bem próxima de nós,
Iperó encara com desespero o estado da Rodovia
"Benedito de Paula Leite Junior". Ela
recebe um trânsito intenso e vigoroso mas
não tem, de parte do governo paulista, as
atenções de que se faz merecedora.
Os dois casos colocam em pauta a questão
de como financiar e tornar realidade a permanente
manutenção das rodovias administradas
diretamente pelo governo paulista. E apontam para
a necessidade de se repensar e reorganizar os mecanismos
encarregados de fiscalizar o estado em que elas
se encontram e contratar reparos.
É preciso que São Paulo, numa área
vital como essa, saia da estagnação
que o domina e crie soluções inovadoras,
de tal forma que as estradas que hoje separam cidades
e regiões voltem a uni-las, como desejava
a administração pública ao
projetá-las e construí-las.
Fonte: Parque Estadual Carlos Botelho
Redação Cruzeiro do Sul/José
Luiz Camargo Maia