Panorama
 
 
 

JUSTIÇA AMERICANA PROÍBE
A ENTRADA DE MOGNO ILEGAL BRASILEIRO

Panorama Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Abril de 2003

A Justiça dos Estados Unidos acaba de pôr um ponto final nas artimanhas de madeireiros e exportadores brasileiros que, graças a liminares e mandados de segurança de juízes de primeira instância, conseguiram exportar mais de 18 mil metros cúbicos de mogno apesar da proibição vigente no Brasil desde outubro de 2001.
O juiz Thomas Penfield Jackson, da Corte do Distrito de Columbia, em Washington, deu ganho de causa ao governo americano num processo movido por sete importadores de mogno que tiveram seus carregamentos apreendidos em portos dos Estados Unidos entre fevereiro e julho do ano passado (1). A apreensão do mogno ocorreu como resultado de informações fornecidas às autoridades americanas pelo Greenpeace e foram posteriormente confirmadas pelo Ibama. O Greenpeace e a ONG Defenders of Wildlife participaram da ação como “Amicus”, alegando que a madeira não poderia ser liberada.
O pedido das empresas se referia a 16 carregamentos de mogno (2). Até a decisão final do juiz, restavam sete carregamentos apreendidos, com um total de 1.508 metros cúbicos de mogno serrado importados pela empresa Aljoma Lumber (e exportados pelas empresas Jatobá, do rei do mogno Moisés Carvalho Pereira, e Tapajós Timber, do outro rei do mogno Osmar Ferreira), além de 73,6 metros cúbicos de mogno laminado importados por três outras empresas (3). O valor total da madeira ultrapassa US$ 2 milhões. A Justiça dos Estados Unidos não apenas proibiu definitivamente a entrada de mogno ilegal ou sem origem comprovada no mercado americano, como recomendou que a madeira seja devolvida ao Brasil (4).
“A decisão da Corte de Washington tem importância histórica e estabelece jurisprudência, fechando de vez o mercado americano à madeira de origem duvidosa vinda do Brasil”, disse Paulo Adário, coordenador da campanha Amazônia do Greenpeace. Segundo Adário, essa é uma vitória não apenas do Greenpeace e de outras entidades ambientalistas que lutam pela defesa do patrimônio ambiental da Amazônia. “O juiz Jackson coroou os esforços recentes do governo brasileiro de controlar a indústria do mogno, ainda que o Ibama não tenha conseguido impedir em tempo hábil a saída de mogno do País apesar de recorrer das decisões judiciais que forçaram a emissão de autorizações de exportação”.
Segundo a Corte norte-americana, a autorização para exportação só deve ser emitida quando a Autoridade Cites do país exportador (no caso do Brasil, o Ibama) estiver satisfeita sobre a origem legal da madeira. “No entanto, as autorizações foram emitidas mediante liminares concedida pela Justiça brasileira e não refletiam o julgamento oficial independente do Ibama como Autoridade Cites no Brasil”, diz a decisão judicial.
O juiz Jackson apoiou a posição do governo dos EUA de recusar a importação de espécies ameaçadas provenientes do exterior quando há suspeitas sobre a validade da documentação. “Neste caso, nem a procedência legal de todos os carregamentos disputados sob a lei brasileira nem o mistério da origem das autorizações de exportação suspeitas estão resolvidos”, diz a decisão da Corte.
“A decisão do juiz Jackson deixa claro que a justiça norte-americana vai fazer valer a lei que impede o comércio ilegal de espécies ameaçadas”, disse Carrol Muffett, diretor da ONG Defenders of Wildlife. “O juiz Jackson deixou claro que a posse de documentação questionável não autoriza a entrada de madeira ilegal nos Estados Unidos”.

Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.