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PARCERIA
COM ITÁLIA VIABILIZARÁ
PROGRAMAS DE MANEJO SUSTENTÁVEL
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2003
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Projeto
deverá investir US$ 3 milhões em três
anos
Contribuir para a
redução da pobreza, com o melhoramento
da segurança alimentar e a sustentabilidade
das atividades extrativistas vegetais, é
o principal objetivo do programa para a conservação
e a valorização de recursos fitogenéticos
de espécies de interesse agroalimentar e
industrial, que o Ibama está formulando juntamente
com a Embrapa e em parceria com a Direção
Geral para a Cooperação ao Desenvolvimento
(DGCS), do Ministério das Relações
Exteriores da Itália. O projeto vai ser desenvolvido
na Reserva Extrativista (Resex) Cazumbá,
no Acre, e, para a primeira etapa, já estão
garantidos recursos de US$ 850 mil (oitocentos e
cinqüenta mil dólares).
O projeto teve início em 2001, quando o DGCS
procurou as autoridades brasileiras e apresentou
a possibilidade da realização de uma
ação de três anos, com um investimento
aproximado de três milhões de euros.
A proposta tinha como finalidade contribuir para
o alcance dos compromissos nacionais no que se refere
ao tema de conservação e uso sustentável
dos recursos fitogenéticos, por meio de estratégias
integradas de conservação. Em março
do ano passado, a missão italiana fez então
a primeira visita ao Brasil para apresentar a iniciativa.
Em outubro do mesmo ano, a missão retornou
e, em conjunto com as autoridades brasileiras, foi
formado o documento de orientação
do programa. Na última semana, entre os dias
seis e 11 de abril, novamente, a missão italiana
esteve no País e desta vez foi conhecer a
Resex Cazumbá, onde o programa será
iniciado.
Segundo o analista ambiental Oscar Pardiñas,
que está desenvolvendo o programa no Centro
Nacional de Populações Tradicionais
(CNPT), do Ibama, Cazumbá foi escolhida para
centralizar a ação por ser uma unidade
que oferece as condições mais favoráveis
e por possibilitar, a partir de lá, a repercussão
da experiência em outras Resex. “Para isso,
os recursos já estão garantidos. No
primeiro ano, a DGCS estará investindo 852
mil euros, cerca de US$ 850 mil e nos três
anos de execução está prevista
a aplicação de mais US$ 2 milhões”.
Com a participação do Ibama/CNPT e
da Embrapa/Cenagen, vão ser desenvolvidas
pesquisas fitoterápicas e de produtos cosméticos
e banco de sementes para pesquisas genéticas
e agricultura sustentável. Além disso,
com o projeto, serão desenvolvidas pesquisas
de mercado para uma melhor exploração
dos produtos da reserva extrativista, de novos produtos
e processos de manipulação de produtos
extrativistas da floresta. “Queremos com isso otimizar
os processos de produção e pesquisa,
o que vai abrir novos mercados para os produtos
dos povos da floresta”, afirma Pardiñas.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa