 |
CIENTISTAS
BRASILEIROS AVALIAM
BIOSFERA-ATMOSFERA NA AMAZÔNIA
Panorama Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Julho de 2003
|
 |
O Experimento de
Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia
(LBA) chega à metade e passa pela Revisão
de Meio Termo, avaliação exigida pelo
Ministério da Ciência e Tecnologia.
O Corpo Técnico avaliador é composto
por cinco consultores Ad Hoc, indicados pelo INPA,
que estão hoje conhecendo alguns projetos
desenvolvidos pelo Experimento em Manaus. Amanhã,
eles partem para Santarém e Belém,
e se reúnem com autoridades locais, pesquisadores
e parceiros do LBA.
A equipe de avaliadores é formada por Francisco
Radler Aquino Neto, do Instituto de Química,
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
Roberto Ferreira de Novais, da Universidade Federal
de Viçosa (UFV); Umberto Giuseppe Cordani,
do Instituto de Geociências, da Universidade
de São Paulo (IG/GSA/USP); Arlindo Philippi
Júnior, da Faculdade de Saúde Pública
de São Paulo (FSP/USP) e por Ilse Walker,
do Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia
(CPEC/INPA).
A tarefa deste grupo é comparar os resultados
obtidos pelo LBA no período de 1998 a 2002,
com os objetivos do Programa, analisando as dificuldades
enfrentadas pelos projetos de pesquisas, verificando
as publicações, teses e artigos gerados;
parcerias estabelecidas, recursos humanos formados,
especialmente na Amazônia, tecnologias envolvidas,
banco de dados estabelecido, materiais de divulgação
produzidos, além da eficiência do apoio
institucional.
Eles avaliarão ainda a estrutura e funcionamento
dos escritórios regionais; a estrutura, funções
e prioridades de pesquisa das instituições
brasileiras em relação ao LBA e as
parcerias científicas e tecnológicas
das instituições amazônicas
participantes do Programa com as demais instituições
brasileiras e estrangeiras.
Para subsidiar a avaliação, a equipe
do Escritório Central do LBA preparou um
dossiê com informações relevantes
do Experimento e 29 anexos.
Durante toda avaliação, o Corpo Técnico
será acompanhado por representantes do Ministério
da Ciência e Tecnologia e do Escritório
Central do LBA, que fornecerão informações
sobre o Programa.
O Corpo Técnico tem o prazo até o
dia 25 de agosto para entregar ao INPA um relatório
contendo um resumo das atividades realizadas, uma
avaliação da aderência do Programa
aos seus objetivos e suas propostas de correção
de rumo e alterações. "Este trabalho
visa, essencialmente, o aprimoramento do LBA em
todos os níveis e dimensões (operacional
e científico)", afirmou o presidente
do Comitê Científico Internacional
do LBA, Dr. Flávio Luizão.
Um pouco
de LBA em números
O LBA é o
maior experimento científico, em escala mundial,
sobre a interação da floresta tropical
com a atmosfera regional e global. Liderado pelo
Governo Brasileiro, o LBA tem um importante envolvimento
institucional, com participação de
mais de 60 instituições brasileiras,
35 instituições de diversos países
amazônicos, além de instituições
dos EUA e de 8 países europeus.
O objetivo do LBA é aprofundar o conhecimento
sobre os ecossistemas amazônicos e sobre as
interações do funcionamento físico,
químico e biológico dos ecossistemas
em resposta às mudanças dos usos da
terra e do clima. O Programa é composto por
um leque de pesquisas multidisciplinares e integradas
que ampliarão a base de conhecimento sobre
a Amazônia em sete áreas: física
do clima, armazenamento e troca de carbono, biogeoquímica,
química da atmosfera, hidrologia, usos da
terra e cobertura vegetal e dimensões humanas.
A expectativa é que, a partir desses estudos,
o LB gere um conjunto de dados e informações,
subsidiando as políticas públicas
do uso sustentável da terra na Amazônia.
Outra contribuição relevante do Programa
é o apoio e incentivo à formação
de uma geração de cientistas da região
amazônica no tema mudanças ambientais
globais.
Atualmente, estão sendo desenvolvidos 61
projetos de pesquisas, compreendendo a região
amazônica e a região do cerrado. Além
disso, estão sendo negociados com os EUA
os Acordos de Implementação para pesquisas
em Hidrometeorologia e Pesquisa de Sensoriamento
Remoto a partir de aeronaves, para a ampliação
dos experimentos relacionados ao uso da terra e
à mudança climática.
Fonte: INPA – Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia (www.inpa.gov.br)
Assessoria de imprensa