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MINISTRO
DA DEFESA QUER RECURSOS PARA
AUMENTAR PROTEÇÃO DA FRONTEIRA
AMAZÔNICA
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2003
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O ministro da Defesa,
José Viegas Filho, disse hoje que vai buscar
recursos para aumentar o efetivo de militares na
faixa de fronteira da região amazônica.
Segundo Viegas, a construção de novos
batalhões e pelotões na região
é prioridade do ministério já
que a ação é fundamental para
combater o crime organizado. Em entrevista à
Rádio Nacional, José Viegas revelou
que está negociando com o ministro do Planejamento,
Guido Mantega, e com o próprio presidente
Luiz Inácio Lula da Silva o repasse de verbas
para intensificar a segurança na Amazônia.
"Nós estamos empenhados em conseguir
recursos necessários para adensar a presença
do exército na região da Amazônia
Ocidental", afirmou o ministro, sem especificar
o montante da verba necessária.
Ao todo, a Amazônia brasileira tem 11 mil
quilômetros de fronteira com a Guiana Francesa,
Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Peru
e Bolívia. Para proteger a região,
estão mobilizados 23 mil soldados do Exército.
Há necessidade de criação de
novos pelotões, principalmente na fronteira
do Acre com o Peru. Além de combater o tráfico
de drogas, armas e mercadorias, o aumento da segurança
na fronteira visa evitar a entrada de criminosos
estrangeiros em território nacional. "Nós
sempre estamos realizando operações
em conjunto com a Polícia Federal para combater
a infiltração de criminosos no país",
disse Viegas.
Sobre a possível de entrada de guerrilheiros
das Forças Armadas Revolucionárias
Colombianas (FARC) no Brasil, o ministério
da Defesa acredita que essa possibilidade é
remota, mas afirma que qualquer incursão
em território nacional será tratada
com rigor.
Durante a entrevista, o ministro José Viegas
falou ainda sobre o programa Soldado Cidadão,
que dará formação profissional
a jovens carentes. Segundo o ministro, os cursos
devem começar em setembro. Neste ano, serão
oferecidas 11 mil vagas para jovens de baixa renda
e, no ano que vem, o número deve subir para
100 mil jovens beneficiados. De acordo com o projeto,
os jovens que ingressarem no exército terão
a possibilidade de fazer cursos de profissionalização,
com duração de 150 horas, nos quartéis
e receberão certificados expedidos pelas
entidades responsáveis pelo ensino. "O
serviço militar visa preparar os jovens para
serem bons cidadão e agora, além disso,
para serem bons profissionais", afirmou o ministro.
Fonte: Agência Brasil (www.radiobras.gov.br)
/ www.amazonia.org.br
Paula Medeiros