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OPOSIÇÃO
DE CONSUMIDORES E INDÚSTRIAS DEVE
GARANTIR UMA AUSTRÁLIA LIVRE DE TRANSGÊNICOS
Panorama Ambiental
Sidney – Austrália
Julho de 2003
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O governo australiano
liberou hoje a comercialização da
primeira safra de canola transgênica. Porém
a forte oposição pública aos
organismos geneticamente modificados (OGMs) no país,
por parte dos consumidores e da indústria
de alimentos, deve garantir que a agricultura australiana
continue livre de transgênicos.
Além disso, nos últimos meses todos
os Estados australianos que produzem canola estabeleceram
algum tipo de moratória ou medida restritiva
ao cultivo da variedade transgênica do produto
- o que demonstra uma completa falta de confiança
no sistema regulador federal.
Para o Greenpeace, o gabinete de Regulação
de Tecnologia Genética da Austrália
(OGTR, na sigla em inglês) está aprovando
a liberação de uma estrutura genética
nova e imprevisível no meio ambiente e na
cadeia alimentar sem realizar sequer os testes ou
estudos mais básicos. “O padrão de
avaliação de risco do OGTR para a
canola transgênica é tão pobre
que, utilizando esse mesmo padrão, o tabaco
seria considerado seguro para o consumo humano”,
disse o campaigner Jeremy Tager, do Greenpeace Austrália.
“Não há estudos com revisão
por pares que assegurem a segurança da canola
transgênica para humanos”, afirmou. “Como
também não os há com relação
aos impactos sobre os ecossistemas da Austrália,
os insetos australianos, os solos e os organismos
do solo”. A revisão por pares consiste na
análise de determinado estudo ou documento
por parte de pessoas que atuam no mesmo ramo daquele
que o realizou.
“A avaliação de risco do OGTR presume
que a canola transgênica é segura até
que seja provado o contrário. Essa presunção
é o oposto do princípio da precaução,
sobre o qual tais avaliações deveriam
basear-se”, disse Tager.
Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa