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IBAMA DEFINE
ESTRATÉGIAS DE PROTEÇÃO
PARA AS ARARAS-AZUIS DA BAHIA
Panorama Ambiental
Salvador (BA) – Brasil
Junho de 2003
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O Ibama reuniu nesta
quinta-feira, em Salvador (BA), todos os setores
do instituto envolvidos diretamente com a proteção
e a conservação das araras-azuis-de-lear.
A espécie é exclusiva do sertão
da Bahia e uma das mais ameaçadas de extinção
do mundo. O objetivo do encontro foi definir as
estratégias de ação para os
próximos anos de modo a garantir a sobrevivência
da espécie cuja principal ameaça é
o tráfico de animais silvestres.
Das araras-azuis-de-lear (Anodorhynchus leari),
restam apenas cerca de 400 indivíduos livres
na natureza. As aves habitam a região dos
municípios de Jeremoabo, Sento Sé
e Euclides da Cunha, na região nordeste do
estado, no bioma da Caatinga. Além de intensificar
a fiscalização na região durante
os períodos críticos para as aves
principalmente a época da reprodução
das araras e os feriados prolongados- , o Ibama
também dotará a Estação
Ecológica do Raso da Catarina de infra-estrutura
para manter equipes em tempo integral na área.
A estação abriga a maior parte dos
ninhos das araras na região. O Centro de
Pesquisa, Manejo e Conservação de
Aves Silvestres-Cemave/Ibama já mantém
em campo dois biólogos que executam o trabalho
de monitoramento, pesquisa e educação
ambiental voltado para a conservação
das araras-azuis. As comunidades locais também
estão se integrando às ações
do Ibama e deverão ser um dos elementos fundamentais
na preservação da espécie.
As araras-azuis-de-lear são consideradas
criticamente ameaçadas de extinção,
conforme a mais recente lista de espécies
em perigo publicada pelo Ibama no início
de junho. Isso significa que requerem atenção
especial para que não aconteça com
elas o mesmo que ocorreu à ararinha-azul(Cyanopsitta
spixii). Depois de anos sendo perseguida pelos traficantes,
a ararinha desapareceu da natureza e hoje sua população
se restringe a poucos exemplares em cativeiro. A
ararinha-azul, que tornou-se um dos ícones
da conservação ambiental brasileira,
também só existia na Bahia, na região
de Curaçá.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa