Panorama
 
 
 

ANGRA 3 NÃO! ENERGIA RENOVÁVEL JÁ!

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Setembro de 2003

Na Semana do Meio Ambiente, o Greenpeace protestou contra a energia nuclear e defendeu as fontes limpas e renováveis, com coleta de assinaturas e um tour solar

A opção por energias limpas e renováveis e a oposição à construção da Usina nuclear de Angra 3 foram os destaques do Greenpeace durante a Semana Nacional do Meio Ambiente deste ano. Ativistas fizeram ações
diante do Congresso Nacional e do Palácio da Alvorada, em Brasília, e promoveram demonstrações sobre a utilização da energia solar em diversos locais públicos da Grande São Paulo.
Além da capital paulista, foram realizadas atividades em Manaus (AM), Porto Alegre (RS) e Salvador (BA). Houve coleta de assinaturas contra Angra 3 e a proposta que limita em 50% a área de cada Estado brasileiro passível de ser transformada em área protegida, seminários sobre organismos geneticamente modificados (OGMs), e o lançamento da segunda edição do guia de produtos transgênicos, entre outras atividades. Em Bauru (SP), foi anunciada a adesão do município ao programa Cidades Amigas da Amazônia, de acordo com o qual a prefeitura se compromete a não adquirir madeira ilegal.
No dia 4 de junho, véspera do Dia Mundial do Meio Ambiente, 15 ativistas tentaram escalar a cúpula do Congresso Nacional com o objetivo de estender ali uma faixa de protesto contra a construção da usina nuclear de Angra 3.
De acordo com o artigo 21da Constituição Brasileira, o Congresso é responsável por acompanhar e fiscalizar o programa nuclear brasileiro. Embora fosse uma ação pacífica, 10 deles acabaram detidos no dia.
No dia seguinte, voluntários levaram três pôsteres gigantes ao Palácio da Alvorada, com imagens de fetos e crianças atingidas pela radioatividade do acidente na usina de Chernobyl (Ucrânia), em 1986. “Presidente Lula, será este o seu legado?” era a mensagem escrita abaixo de cada uma das fotos.
Com ela, o Greenpeace quis alertar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre os perigos das usinas atômicas e exigir que o governo brasileiro desista do projeto de construção de uma terceira usina atômica em Angra dos Reis (RJ). A organização acredita que a energia nuclear, além de perigosa, é um recurso dispensável por já existirem alternativas como as fontes limpas, que têm grande potencial de desenvolvimento. “Mais de 20 milhões de brasileiros não têm acesso à eletricidade, e a construção de Angra 3 não trará benefícios essas pessoas”, afirmou Sérgio Dialetachi, coordenador da Campanha de Energia.
No lançamento das atividades na Semana, em 31 de maio, uma equipe do Diálogo Direto, grupo que atua na divulgação do trabalho do Greenpeace, fez demonstrações sobre a viabilidade da produção de energia solar no edifício do cursinho da Poli, em São Paulo – utilizando uma TV, um laptop e uma lanterna, ligados a um painel solar fotovoltaico de 1m².
No tour solar realizado durante toda a semana, o aparato foi levado a faculdades, cursinhos, feiras e parques públicos de São Paulo e municípios vizinhos, com o objetivo de estimular o debate sobre o futuro da política energética brasileira. “O que nós queremos é dar um recado muito claro ao governo Lula de que a energia solar já é uma realidade viável e que nós, brasileiros, não precisamos dos perigos e dos latos custos de uma nova usina nuclear”, disse Dialetachi.
As células fotovoltaicas são capazes de gerar energia elétrica a partir da luz do sol. Essa eletricidade é armazenada em uma bateria de carro comum (de 12 volts), cuja tensão depois é transformada em 110 volts por um pequeno conversor, encontrado em qualquer loja de material eletrônico.
O Greenpeace elegeu a Campanha de Energia como base das ações da Semana do Meio Ambiente na tentativa de suspender o projeto da construção de Angra 3, que deve ser decidido pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Acreditamos que o CNPE deveria ser democratizado, tornando-se transparente e abrindo espaço para a participação da comunidade em suas decisões.
“Atualmente há três representantes da sociedade civil no CNPE, enquanto
há sete membros do governo no Conselho. Esses três representantes não contemplam todas as camadas e setores da sociedade civil brasileira”, afirmou o coordenador da campanha. “Precisamos saber o que pensam os moradores de Angra dos Reis e de todos os municípios que estejam localizados num raio de 100 quilômetros da cidade, que poderiam ser atingidos no caso de um acidente. Isso significaria ouvir, inclusive, moradores e representantes de cidades em Minas Gerais e São Paulo”.

Participação

O Greenpeace também coletou milhares de assinaturas contra a construção de Angra 3, provenientes de várias

partes do país, as quais deverão ser entregues ao presidente Lula. Promovemos também uma ciberação no nosso site, reivindicando que o CNPE não aprove a construção da terceira usina nuclear brasileira.
Na internet, também foi possível participar dos bate-papos online com os coordenadores das campanhas e o diretor do Greenpeace, Frank Guggenheim. O objetivo dos chats foi esclarecer dúvidas e informar os internautas sobre as conquistas e os projetos do Greenpeace para o futuro.
A exposição “Resgatando Nosso Futuro”, organizada pela Fundação Mokiti Okada de 24 de maio a 28 de junho, apresentou os produtos com ou sem transgênicos incluídos na segunda edição do Guia do consumidor do Greenpeace. O evento foi realizado na sede da Fundação, em São Paulo, onde ativistas divulgaram informações sobre produtos compostos por OGMs, e distribuíram cópias gratuitas da publicação.


Fonte: Diário de Bordo - Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa


 
 
 
 

 

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