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IBT REÚNE ESPECIALISTAS PARA DISCUTIR
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Setembro de 2003


A Resolução SMA-21, de 2001, que trata do reflorestamento heterogêneo no Estado de São Paulo, está completando dois anos. Para discutir os resultados desse dispositivo legal publicado pela Secretaria do Meio
SMA/José Jorge Neto
Ambiente do Estado - SMA e o seu aprimoramento, o Instituto de Botânica organizou o “Seminário Temático e Workshop sobre Recuperação de Áreas Degradadas”, iniciado nesta sexta-feira (12/9) e se estende até o sábado (13/9). Na abertura do evento, o secretário do Meio Ambiente, professor José Goldemberg, ressaltou a importância dos avanços acadêmicos envolvendo os especialistas que participaram do “Projeto de Políticas Públicas FAPESP - Modelos de Repovoamento Vegetal para a Proteção de Sistemas Hídricos nos Diversos Biomas do Estado de São Paulo”, do qual a Resolução SMA 21 é um dos produtos. Goldemberg disse que espera, no final do evento, conclusões que subsidiem uma nova resolução a ser editada pela Secretaria do Meio Ambiente, aperfeiçoando o conjunto de diretrizes existente para enfrentar o desafio de recuperar as matas ciliares em São Paulo.
O diretor geral do Instituto de Botânica, Luiz Mauro Barbosa, explicou que cerca de 1,3 milhão de hectares de zonas ciliares no Estado de São Paulo se encontram desprovidos de vegetação, exigindo ações para a sua recuperação. Barbosa lembrou a importância desse tipo de vegetação para o equilíbrio ambiental, pois constituem uma proteção para os rios, lagos e reservatórios de água, além do solo, formando corredores fundamentais para a conservação da biodiversidade. Estiveram presentes na abertura do seminário, entre outros, José Fernando Perez, diretor científico da Fundação para o Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP, Paulo Kageyama, da Diretoria da Conservação da Biodiversidade, do Ministério do Meio Ambiente, e Ricardo Ribeiro Rodrigues, da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz - ESALQ/USP. No final dos trabalhos do primeiro dia, ocorreu o lançamento dos livros “Diversificando o reflorestamento no Estado de São Paulo: espécies disponíveis por região e ecossistema”, de autoria de Luiz Mauro Barbosa e Suzana Ehlin Martins, e a tradução para a língua portuguesa do “Código Internacional de Nomenclatura Botânica”, também conhecido como “Código de Saint Louis”, com tradução de Carlos Eduardo de Mattos Bicudo e Jefferson Prado.
Experiências bem-sucedidas O diretor do Instituto de Botânica destacou que, como parte dos avanços obtidos após a instituição da Resolução SMA 21, já é possível constatar uma maior conservação da biodiversidade e a melhor qualidade dos reflorestamentos, além dos subsídios obtidos para a proposta do Projeto de Recuperação de Matas Ciliares, da Secretaria do Meio Ambiente, que já foi aprovada pelo Governo Federal e encaminhada ao Banco Mundial, para a obtenção de um financiamento de US$ 7,7 milhões. Barbosa chamou a atenção para a experiência bem-sucedida na aplicação da Resolução SMA 21, que resultou na recuperação florestal de uma área da International Paper do Brasil, empresa fabricante de papel com sede nos Estados Unidos e com unidades em cinco estados brasileiros. Essa empresa vem procedendo à recomposição de suas áreas de preservação permanente e reserva legal, mediante o reflorestamento heterogêneo com espécies nativas arbóreas, baseando-se nos parâmetros técnicos estipulados na resolução. De acordo com Miguel Magela Diniz e Doraci Milani, respectivamente, supervisor técnico e gerente técnico do Parque Florestal São Marcelo, mantido pela International Paper do Brasil desde 2002, em Mogi-Guaçu, foram plantadas 732 mil mudas, em 439 hectares, com uma média de 1.667 plantas por hectare. Desse total, 240 hectares foram reflorestados utilizando 101 espécies nativas arbóreas de ocorrência regional, com o objetivo de transformar a área, junto com outros 296 hectares de florestas remanescentes (regeneração natural e recomposta), em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN, exigida pelo Código Florestal. Os funcionários do Parque Estadual São Marcelo salientaram que a área foi a primeira no Estado de São Paulo a ser recomposta atendendo integralmente aos parâmetros técnicos estipulados pela SMA 21, resultando em maior diversidade florística e suporte alimentar para a fauna local. Lembraram ainda a importância da resolução da Secretaria do Meio Ambiente para o Sistema de Gestão Ambiental Florestal (ISO 14001) da International Paper.
“Workshop” O evento no Instituto de Botânica prossegue no sábado (13/9), a partir das 8,45 horas, com término previsto para as 13 horas, com a realização de palestras e um “workshop” com vários grupos de trabalho. As palestras terão como tema, entre outros, “O efeito da Resolução SMA 21 sobre ecossistemas de manguezal e restinga”, “A Resolução SMA 21 e o desenvolvimento de alternativas auto-sustentáveis na região de Ilha Comprida” e “Meio ambiente e a relação com a comunidade”. Na sessão plenária final, serão apresentados os resultados do seminário e do “workshop”.

Fonte: Secretaria Estadual do Meio Ambiente (www.ambiente.sp.gov.br)
Mário Senaga

 
 
 
 

 

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