O projeto consiste de palestras, passeios
e atividades de arte-educação
com enfoque na questão da cidadania.
As oficinas têm a finalidade de sensibilizar
os participantes sobre o problema representado
pelos resíduos, que atualmente vem
sendo discutida com ênfase pela sociedade,
seja pelo aspecto ambiental, seja pelo social,
estimulando a criatividade para a solução
do problema.
Marco Antonio de Jesus Pires é um dos
responsáveis por esse projeto. Artesão
profissional e estudante do último
ano de Gestão Ambiental, desde 1987,
trabalha em programas voltados para a reciclagem.
Começou no SESC Carmo, com o “Modelo
de Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente”
do Projeto Curumim, trabalhando com crianças
de rua. E, desde então, monta cursos
de educação ambiental voltados
para o resgate da auto-estima das pessoas
e a preocupação em recuperar
o meio ambiente.
Todos os cursos do Projeto Eco-Arte são
voltados para educadores, crianças
e comunidades carentes. “Para os educadores
oferecemos noções teóricas
de meio ambiente e, posteriormente, partimos
para a prática. E nas comunidades carentes
resgatamos a auto-estima e desenvolvemos uma
atividade sócio-ambiental, pois toda
a renda da venda da sucata é revertida
para a comunidade”, informa Marco.
Sonia Luzia Coelho também trabalha
no Projeto Eco-Arte. Psicóloga e psicopedagoga,
começou a trabalhar com reciclagem
há 3 anos, ressaltando o aspecto terapêutico
da atividade. “O objetivo deste trabalho é,
não só desenvolver a coordenação
motora e a criatividade, mas também
sensibilizar a todos de que podemos reaproveitar
os materiais, reduzindo o consumo de artigos
supérfluos.
Além disso, conseguimos mostrar para
as crianças a importância da
reciclagem e, assim, elas vão pensar
em preservar o meio em que vivem no futuro”,
relata a psicóloga.
As oficinas, em clima de total descontração,
ensinam a reutilizar materiais como jornais,
garrafas PET, papelão, revistas, alumínio
e cacos de azulejo, para produzir objetos
de utilização tanto para adultos
quanto para crianças. Na oficina realizada
na Secretaria do Meio Ambiente, os participantes
aprenderam a criar um jacaré, carrinho,
ônibus e relógio de jornal, cestas,
brinquedos para crianças, bijuterias
e porta-trecos, entre outros.
Na oficina que se realizou em Holambra, inscreveram-se
mais de 80 pessoas de entidades cadastradas
na PROAONG e vai se realizar, também,
em dois turnos, na Sociedade de Preservação
do Meio Ambiente – SUPREMA, na Alameda Maurício
de Nassau, 427.
As oficinas são fruto de uma pesquisa
realizada pelo PROAONG com as entidades cadastradas,
das quais 45% apontaram esse tipo de atividade
como o preferido. |