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PROJETO SOCIAL ATENDE JOVENS NA ESTAÇÃO EXPERIMETAL DE ITAPETININGA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) Brasil
Abril de 2004

Pedro Calado/SMA

O Instituto Florestal, órgão da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, ao contrário do que a sua denominação indica, não cuida somente de florestas. Extrapolando as suas atribuições institucionais, desenvolve um intenso trabalho de educação ambiental e inclusão social, em suas unidades espalhadas por todo o Estado, associando as suas pesquisas em conservação, produção de mudas e outras à promoção de crianças, jovens e adultos oferecendo-lhes oportunidades de capacitação profissional e de renda.
É o caso da Estação Experimental de Itapetininga onde estão sendo desenvolvidos dois projetos com crianças e adolescentes em situaçãode risco social e defasagem

escolar. Sob a coordenação da bióloga Bárbara Heliodora Soares do Prado, em parceria com a organização não-governamental Instituto Geração e com o apoio da Prefeitura Municipal de Itapetininga, estão sendo desenvolvidos os projetos "Mudas na Cidade" e "Jovem Aprendiz", que oferecem a oportunidade de capacitação e inclusão no mercado de trabalho.
Técnicos do próprio Instituto Florestal e do Instituto Geração orientam os jovens nas atividades práticas, utilizando o espaço da Estação Experimental de Itapetininga. Em clima de muita descontração, são passados conhecimentos sobre coleta de sementes, técnicas de viveiro, horticultura, artesanato com elementos da natureza, educação física e recreação livre e dirigida, além de reforço escolar.
Desde o início, em 1995, o projeto "Mudas na Cidade" já atendeu a 150 crianças, estando atualmente com 26 crianças e adolescentes na faixa etária de 10 a 14 anos, que conciliam as atividades práticas com as das 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental da rede pública. Os alunos, que participam do projeto em período integral, recebem alimentação, uniforme completo, material didático e, ainda, assistência médica e odontológica.
Já o projeto "Jovem Aprendiz", que envolve jovens entre 14 e 18 anos, foi criado para complementar o "Mudas na Cidade", suprindo uma importante demanda, pois os alunos desta faixa etária, em função da escolaridade insatisfatória, não reúnem condições de inserção em um mercado de trabalho extremamente competitivo. Essa situação, que alia a baixa escolaridade ao desemprego, foi agravada ainda mais pela Emenda Constitucional nº 20, de 16 de dezembro de 1998, que estabelece a proibição do trabalho para menores de 16 anos.
Assim, o projeto, iniciado em fevereiro de 2003, preenche essa lacuna, capacitando e orientando os jovens para o seu primeiro emprego com base na educação ambiental, cujos princípios permeiam todas as suas atividades teóricas e práticas, desenvolvendo conceitos e atitudes sobre a importância da preservação do meio ambiente. Os jovens desenvolvem, também, atividades de sociabilização estimulando o relacionamento com outras pessoas, trabalhando sua auto-estima, confiança e dignidade.
As aulas são ministradas por profissionais do Instituto Geração, de segunda a sexta-feira, no horário das 8 às 11,30 horas, na Estação Experimental de Itapetininga, que se localiza na Estrada Maestro Benedicto Pompeu de Jesus, km 9, em Itapetininga. O projeto atende 21 adolescentes de ambos os sexos por bimestre, sendo requisito básico a matrícula e freqüência no Ensino Fundamental.
Os projetos são patrocinados pelo Instituto Geração, que destina uma bolsa de estudo no valor de R$ 50,00 para cada aluno. Os recursos são provenientes de contribuições de pessoas físicas e empresas da comunidade. O Instituto Geração aceita doações, que são dedutíveis do total do imposto devido, podendo os interessados obter mais informações pelo telefone 15-3273.4552, com a presidente do instituto, Maria José Larontonda.
O trabalho desenvolvido pelo Instituto Florestal e Instituto Geração ganha importância na região, pois, segundo o Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS, Itapetininga é um município classificado como grupo 5, ou seja, pobre e de baixo desenvolvimento econômico e social. Com a economia baseada na produção agropecuária, os jovens, principalmente, enfrentam sérios problemas, entre os quais o desemprego e a falta de perspectiva.

Histórico

O Instituto Florestal – IF, tem sob sua administração cerca de 3% de toda a superfície do Estado, ou seja mais de 850 mil hectares protegidos por categorias de manejo, como parques, reservas, estações ecológicas, estações experimentais, viveiros e florestas estaduais. Nessas unidades são desenvolvidas atividades como pesquisa ambiental, conservação do patrimônio natural e cultural e o manejo sustentado de essências nativas e exóticas.
A atual administração se preocupa especialmente com o desenvolvimento sustentável e com a realização de ações com responsabilidade social, que estão presentes nos sete projetos de formação agroflorestal, desenvolvidos em seis unidades da Divisão de Florestas e Estações Experimentais – DFEE, dirigidos ao atendimento de jovens de baixa renda.
Dentre esses projetos, o "Mudas na Cidade" e o "Jovem Aprendiz" se destacam pelos resultados alcançados. "Apesar do ‘Jovem Aprendiz’ ter-se iniciado há apenas um ano, já estamos colhendo resultados", comemoram Bárbara Soares do Prado e Vera Ízes Maia Rodrigues, coordenadoras do projeto pelo Instituto Florestal e Instituto Geração, respectivamente. "No final de 2003, ao término do curso, 20 alunos passaram a estagiar na Prefeitura Municipal de Itapetininga, outros cinco em empresas de paisagismo e quatro foram contratados como jardineiros pelas Faculdades Integradas de Itapetininga.
No projeto, os jovens são despertados e qualificados para o mercado de trabalho, passando a participar na geração de renda da família", afirmam as coordenadoras do projeto. E com isso, dizem, houve uma diminuição significativa da evasão escolar entre os participantes do projeto, dos quais 45% retornaram ao ensino formal devido à obrigatoriedade de freqüência escolar.

Fonte: SMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Rosely Martin)
Foto: SMA

 
 
 
 

 

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