peças da
“Linha Botequim” (cadeira bandeira, cadeira faixa,
mesa dobrável, mesa retangular e buffet armário)
exclusivas da Tok&Stock, com as espécies
alternativas da Amazônia: tauari e louro vermelho.
Em sua 5ª edição a partir de
1996, o concurso Ibama/Movelsul de Madeiras Alternativas
tornou-se uma referência nacional e internacional,
aproximando fabricantes do mercado sustentável
com um volume crescente de negócios e de
empresas interessadas na substituição
de espécies.
Também concorreram móveis fabricados
com as espécies alternativas tanimbuca, curupixá,
muirapiranga, angelim-pedra, pinho-cuiabano e cedrinho.
O objetivo do concurso é incentivar os moveleiros
a valorizar e a utilizar aproximadamente quatro
mil espécies alternativas da Amazônia
com qualidade e beleza idênticas às
madeiras tradicionais, porém pouco conhecidas
e não utilizadas pelas indústrias
nacional e estrangeira. Delas, duzentos e setenta
e oito foram pesquisadas e estão catalogadas
no LPF com a indicação de uso alternativo
e adequado.
Participando de feiras importantes, como a Movelsul,
o LPF/Ibama pretende contribuir para uma mudança
radical no modelo inadequado de exploração
das madeiras – caracterizado pelo uso exaustivo
de umas poucas espécies que as coloca em
risco de extinção, em detrimento de
uma grande maioria de excelente qualidade.
A engenheira florestal do LPF/Ibama, Maria Helena
de Souza, coordenadora do projeto “Madeiras Alternativas
da Amazônia – Móveis e Design”, garante
que muitas dessas espécies podem substituir
as madeiras consagradas porque possuem as mesmas
características (beleza, tonalidades, desenhos,
durabilidade e resistência) encontradas, por
exemplo, no mogno, na cerejeira, na sucupira, na
imbuia, entre outras tantas.
Nesse sentido, Maria Helena apela às indústrias
que só invistam em madeiras alternativas
exploradas em manejo sustentável. O plano
de manejo consiste na derrubada de árvores
previamente marcadas (geralmente com diâmetro
acima de 60 cm). O corte é determinado para
causar o menor estrago possível às
árvores vizinhas que serão poupadas
para futuras explorações (no mínimo
após vinte anos).
A engenheira considera injustificável que
o Brasil - país com uma das maiores diversidades
florestais do mundo, continue relegando madeiras
de excelente qualidade que poderiam perfeitamente
substituir espécies que correm risco de extinção.
Há três décadas o Laboratório
de Produtos Florestais pesquisa a imensa diversidade
de madeiras alternativas com o propósito
de reduzir as pressões sobre as espécies
nobres e mais utilizadas; dar-lhes valor agregado
e aproveitamento econômico; evitar que apodreçam
nas florestas; dar opção de uso aos
fabricantes e aos consumidores; e contribuir para
a divulgação e o seu uso ilimitado.
Desde o jacarandá-da-Bahia até o magnífico
mogno, cerca de duas dezenas de espécies
foram quase extintas devido à utilização
indiscriminada para a fabricação de
móveis e de objetos de decoração
no Brasil e no exterior. Baseados em critérios
apenas seletivos essas espécies foram eleitas
como as melhores e exploradas à exaustão
em períodos diferentes.
O LPF/Ibama possui 50 modelos de móveis fabricados
por reconhecidos designers com madeiras alternativas
da Amazônia. ATÉ a ministra do Meio
Ambiente tem, em seu gabinete, móveis fabricados
por técnicos do próprio Laboratório
com madeiras alternativas. Trata-se de uma mesa
de reuniões, uma escrivaninha, um aparador
e dois gaveteiros onde foram utilizadas as seguintes
espécies: andiroba, pau-amarelo, tatajuba,
roxinho, tauari, louro-tamaquaré, curupixá
e Jatobá.
As madeiras alternativas mais procuradas para a
fabricação de móveis e de objetos
de decoração, são: louro-faia,
faieira, pau-amarelo, andiroba, tanimbuca, pau-santo,
marupá, tauari, curupixá, muiracatiara-rajada,
jatobá, tatajuba, caixeta-amarela, goiabão,
tanimbuca, roxinho, angelim-pedra, muirapiranga,
mata-matá e quaruba.
Maiores informações sobre a feira:
http://www.movelsul.com.br
Banco de dados de espécies de madeiras:
http://www.ibama.gov.br/lpf/madeira