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PLACAR DAS TERRAS INDÍGENAS DECLARADAS PELO ATUAL MINISTRO DA JUSTIÇA É MEDÍOCRE

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Julho de 2004

Em um ano e meio de mandato, Márcio Thomaz Bastos, só assinou cinco portarias declaratórias, quatro definindo limites de Terras Indígenas que totalizam 93,8 mil hectares, e uma reduzindo a área da TI Baú (PA) em 307 mil hectares. Vinte e três TIs, somando mais de 11 milhões de hectares, era o placar do ministro Nelson Jobim, do governo anterior, em período correspondente.
Existem atualmente 393 Terras Indígenas reconhecidas no país, que se estendem por 90.082.280 hectares e correspondem a 63,18% do total previsto. O poder público tem muito trabalho pela frente.
Apesar disso, apenas as TIs Ibirama La Klãnô, dos Xokleng (SC), Cantagalo, dos Guarani-Mbya (RS), Barreirinha dos Amanayé e Maraitá, dos Ticuna (AM), que somam 93,8 mil hectares, tiveram seus limites declarados desde que Márcio Thomaz Bastos assumiu o Ministério da Justiça. Dentro do extenso e muitas vezes arrastado processo de reconhecimento de TIs, a declaração dos limites é um dos atos políticos mais importantes e está entre os passos finais, seguido apenas de demarcação física da TI e da assinatura do decreto de homologação pelo Presidente da República. Formalizada por meio da assinatura de uma portaria pelo ministro da Justiça, a declaração de limites deve ocorrer 30 dias depois de vencido o período para a contestação do relatório de identificação de TIs.
Segundo o levantamento do Programa de Monitoramento de Áreas Protegidas do ISA, encontram-se travadas em alguma gaveta do Ministério da Justiça as portarias que devem declarar os limites de 31 TIs lista completa abaixo.
Débito nada desprezível considerando que em período correspondente – primeiro um ano e meio do mandato -, o ministro Nelson Jobim, do governo FHC, declarou o limite de 23 TIs, que se estendem por mais 11 milhões de hectares.
O placar de Márcio Thomaz Bastos é menor também que o de Lula, que assinou decretos de homologação de 33 TIs, distribuídas em 4.846.481 hectares, até o momento.
De acordo com informações da Fundação Nacional do Índio (Funai), dois casos dessa lista – TI Cajuhiri-Atravessado (AM) e TI Buriti (MS) – estão interrompidos por conta de decisões judiciais e dois por causa de conflitos entre os índios – TI Xipaia (PA) e TI Baía dos Guató (MT). Não são conhecidos, entretanto, os motivos para o adiamento das 27 restantes.

Lista de TIs cujos limites já deveriam ter sido declarados pelo Ministério da Justiça

Nome da Terra
Povo
UF
Extensão (ha)
1
Tabocal Mura
AM
907
2
Pitaguary Pitaguary
CE
1.735
3
Toldo Imbu Kaingang
SC
1.965
4
Buriti Terena
MS
17.200
5
Aldeia Condá Kaingang
SC
2.300
6
Cajuhiri-Atravessado Miranha, Kambeba, Ticuna
AM
12.500
7
Kariri-Xokó Kariri-Xokó
AL
4.419
8
Saraua Amanayé
PA
18.635
9
Imbiriba Pataxó
BA
397
10
Banawá Banawá
AM
195.700
11
Entre Serras Pankararu
PE
7.1000
12
Balaio Tukano, Baniwa,Baré e outros
AM
255.823
13
Palmas Kaingang
PE/SC
3.770
14
Apurinã do Igarapé Mucuim Apurinã
AM
73.000
15
Cacique Fontoura Karajá
MT
32.069
16
Manoki Iranxe (Manoki)
MT
252.000
17
Morro dos Cavalos Guarani Mbyá
SC
1.988
18
Piaçaguera Guarani Mbyá
SP
2.795
19
Ribeirão Silveira Guarani Mbya
SP
8.500
20
Rio dos Índios Kaingang
RS
715
21
Xipaia Xipaia
PA
199.640
22
Cachoeirinha Terena
MS
36.288
23
Apyterewa Parakanã
PA
773.000
24
Baia dos Guató Guató
MT
19.164
25
São Domingos do Jacapari Estação Kokama
AM
133.630
26
Batelão Kaiabi
MT
117.050
27
Itixi-Mitari Apurinã
AM
180.850
28
Las Casas Kayapó
PA
21.100
29
Xapecó (Gleba A Pinhalzinho e Gleba B Canhadão) Kaingang
SC
660
30
Toldo Pinhal Kaingang
SC
4.846
31
Matintin Ticuna
AM
20.400

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental (www.socioambiental.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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