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GOVERNO BRITÂNICO ADMITE QUE NAVIO AFUNDADO NAS MALVINAS CONTINHA MATERIAL NUCLEAR

Panorama Ambiental
Londres – Inglaterra
Janeiro de 2004

Quando o destróier britânico HMS Sheffield afundou durante a Guerra das Malvinas, o então Ministro de Defesa negou a existência de armas nucleares a bordo de qualquer navio envolvido no conflito. Entretanto, no último dia 5 de dezembro, o atual Ministro de Defesa britânico, admitiu pela primeira vez que alguns dos navios envolvidos no conflito, ocorrido em 1982, carregavam material nuclear para destruir submarinos. Essa declaração confirmou a existência de armas nucleares a bordo do Sheffield. “Demorou 21 anos para o governo britânico reconhecer que nós estávamos certos”, disse o pesquisador do Greenpeace William Peden.
A Argentina exige do Reino Unido um pedido de desculpas e um esclarecimento sobre quais armas nucleares estavam a bordo do destróier quando ele afundou, e se este material foi resgatado. O governo britânico nega não só que o material nuclear tenha entrado em águas territoriais da Argentina ou das Ilhas Malvinas, mas também não existisse algum tipo de material nuclear a bordo do navio quando este foi destruído por um míssil Exocet.
Entretanto, em 1991, um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou que havia armas nucleares no Sheffield quando ele afundou. Também segundo a agência, o Sheffield foi o único navio naufragado submetido a uma operação de resgate pela equipe de mergulhadores do Reino Unido. A missão da equipe era, oficialmente, recuperar “material estratégico”.
“É difícil acreditar que as armas nucleares não estivessem mais no navio quando ele foi a pique”, disse Peden. “Nós monitoramos toda a movimentação do material dentro e fora de Portsmouth (Reino Unido) durante a Guerra das Malvinas. O Sheffield estava equipado com armamento nuclear antes mesmo de o conflito começar. Depois de quatro dias fora de Portsmouth, quando retornava de uma viagem ao Mediterrâneo, o destróier foi encaminhado para as Ilhas Malvinas. Sendo assim, ele não teve chance de descarregar o material no porto inglês. Se a carga houvesse sido transferida em alto-mar, algum navio deveria te-la retornado a Portsmouth, o que não aconteceu. Segundo os inspetores de armas nucleares, durante a guerra nenhum navio retornou à cidade. A questão que ronda o ministro da Defesa é: como e quando eles retiraram o armamento nuclear do navio antes de ele afundar?”
Os britânicos não equipam mais seus navios ou submarinos rotineiramente com armamentos nucleares durante períodos de paz. Isto se dá, em parte, graças às campanhas de Oceanos Livres de Materiais Radioativos do Greenpeace, cujo objetivo era remover estes materiais de submarinos e de navios nas décadas de 80 e 90.
A marinha americana recentemente propôs a remoção gradual da capacidade dos mísseis Tomahawk. Porém, em 2 de dezembro último, a revista de defesa americana Inside the Navy (Por dentro da Marinha) trouxe à tona que a Marinha americana foi instruída pelo Departamento de Defesa de Donald Rumsfeld a manter essa capacidade originária da Guerra Fria.
Logo após esta decisão, o Reino Unido anunciou que não reduzirá seu próprio sistema de defesa marítimo, o míssil Trident, mas o substituirá por equipamentos novos, ainda não definidos.
Os EUA recentemente aprovaram fundos para a pesquisa e o desenvolvimento de mini-mísseis (pequenas armas nucleares projetadas para campos de batalha), tornando as possibilidades para o uso de armas nucleares cada vez mais prováveis.
“Armas nucleares não pertencem ao planeta Terra e muito menos aos seus oceanos”, disse Peden. “Mísseis nos oceanos podem novamente representar um aumento gradativo das armas atômicas e um crescimento das chances de acidentes nucleares. Estes atos não significam um aumento na segurança mundial, mas um bilhete de volta ao tempo mais perigoso vivenciado por nós”, completa.

Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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