O
Brasil alega que é uma nação
pacifista e que a instalação
produzirá urânio pouco enriquecido
para uso em usinas de energia, e não
material altamente enriquecido para uso em
armas nucleares.
Independente da divergência entre os
dois países sobre a a fiscalização
da produção nuclear brasileira,
o Greenpeace condena o uso de qualquer tecnologia
nuclear pois considera que esse tipo de energia
é um dos erros tecnológicos,
econômicos e ambientais mais graves
do mundo.
O planeta convive, hoje, com um legado de
lixo nuclear que continuará radioativo
por centenas de milhares de anos. Pior ainda,
não existe nenhuma solução
segura para sua disposição em
nenhum lugar do mundo. A liberação
de radiação no meio ambiente
já levou à contaminação
do solo, ar, rios e oceanos, causando impactos
extremamente negativos na saúde da
população.
Além disso, a energia nuclear nunca
foi econômica, apesar dos subsídios
estatais que recebeu durante décadas.
Ainda hoje o setor nuclear recebe financiamento
em detrimento de investimentos em geração
de energia limpa e renovável, como
a solar ou a eólica. A ameaça
nuclear foi o que motivou a fundação
do Greenpeace em 1971. Um grupo de atvistas
decidiu navegar até a zona de testes
nucleares para protestar contra a realização
desse tipo de testes pelos Estados Unidos
em Amchitka, no Alasca. O teste foi realizado,
mas o protesto conseguiu mudar a opinião
pública e hoje, 30 anos depois, os
testes nucleares não são mais
realizados. Mas, enquanto o mundo não
estiver livre da ameaça nuclear, o
Greenpeace continuará sua campanha
por um planeta pacífico e seguro.
(1) O governo norte-americano insiste para
que o governo brasileiro assine o protocolo
adicional sobre inspeções da
AIEA, que prevê a aceitação
de inspeções mais detalhadas
e sem aviso prévio em instalações
nucleares do Brasil.
|