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PRODUTORES CONQUISTAM MERCADO DE MADEIRA MANEJADA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Abril de 2004

Pequenos produtores ligados a projetos de manejo florestal madeireiro acabam de dar o pulo do gato. Depois de inúmeras negociações, encontraram compradores de madeira manejada e certificada que consomem em pequena escala comercial e que, em seus negócios, demandam material de diferentes espécies florestais, inclusive as não tradicionais. Este tipo de procura resolve dois dos principais entraves deste segmento na hora da comercialização: escala comercial e diversidade de espécies.
Os produtores em questão são ligados a Apruma, do Projeto de Assentamento Pedro Peixoto, onde a Embrapa Acre (Rio Branco, AC), empresa ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desenvolve sistemas de manejo florestal comunitário há quase 10 anos; e do Porto Dias, em Acrelândia. Juntos, eles firmaram um acordo para comercialização de 50m³ de madeira ao preço de R$ 800/metro³.
O primeiro lote seguirá viagem com destino a São Paulo ainda em abril e todos apostam que a partir daí possa-se chegar a contratos mensais que consolidariam uma prática, estimulando outras comunidades a também entrarem no processo.
Os compradores pertencem ao Grupo de Compradores de Produtos Certificados, que reúne 40 associados em todo o Brasil, desde pequenos artesãos até indústrias moveleiras que demandam 500m³/mês. O encontro de produtores e compradores se deu durante I Seminário Internacional de Manejo Florestal, ocorrido recentemente em Rio Branco (AC), sob coordenação do Centro dos Trabalhadores da Amazônia (CTA).
A título de comparação, em Rio Branco, os produtores não conseguem mais que R$ 200 por m³ apesar de se tratar de madeira manejada e certificada. Ao mesmo tempo, a dificuldade de oferta do produto nos grandes centros eleva o preço da matéria-prima para até R$ 2.400/m³, o que torna o produto final caríssimo e acessível apenas a um nicho de mercado.
Representantes do Grupo de Compradores visitaram as comunidades em Acrelândia, Xapuri e Pedro Peixoto e ficaram entusiasmado com a qualidade da madeira. "São madeiras de primeira qualidade. Agora só falta afinar as necessidades dos dois lados: espécies, tipo de produto, qualidade e capacidade de fornecimento", disse Juliana Lussá, da Lussá Marcenaria.
Juliana dá o próprio exemplo para ilustrar a dificuldade de oferta e procura de madeira manejada. "Meu trabalho exige, em média, 15m³ de diferentes tipos de madeira por mês. Até agora era impossível encontrar alguma empresa que me atendesse".
Para o vice-presidente do Grupo, George Dobre, apesar do desconhecimento das características de algumas espécies, como o cumaru ferro, chegou-se a uma etapa importante. "Encontramos quem fornece. O passo seguinte será testar as madeiras em cada área de produção e fazer os ajustes necessários".
Neste ponto também abre-se um gancho para a pesquisa. De acordo com José Henrique Borges, pesquisador da Embrapa Acre, aliando o conhecimento de técnicos e produtores, a pesquisa pode encontrar soluções tecnológicas para problemas que limitam a demanda.
A oportunidade de troca de experiências com outros grupos e a aproximação com o setor comercial está animando os produtores que pela primeira vez estão tendo a chance real de ver o esforço reconhecido com a venda de madeira manejada. "Isto é uma vitória para nós. No começo, quando a gente era pioneiro nesta história, chegamos a tirar madeira e não receber um centavo por ela. Agora é diferente", comentou Alfredo de Souza, da Apruma.
Outra importante oportunidade de negócios para os produtores é Feira de Produtos Certificados FSC, que acontecerá em São Paulo, de 15 a 17 de abril, e reunirá indústrias, designers, artesãos e comunidades manejadoras de todo o Brasil no Centro de Eventos São Luiz, mostrando o que há de melhor em projetos sustentáveis. Produtores e técnicos do Acre marcarão presença com estandes.

Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Marcus Vinícius d’Oliveira e Soraya Pereira)

 
 
 
 

 

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