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PIRASSUNUNGA: CETESB ENVOLVE VÁRIOS SETORES DA SOCIEDADE PARA COMBATER EFEITOS DA ESTIAGEM

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Maio de 2004

Cetesb
A aproximação do período de estiagem preocupa a equipe da Agência Ambiental da CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, em Pirassununga. Para evitar situações críticas decorrentes do decréscimo de vazão na bacia do Rio Mogi-Guaçu, como as enfrentadas em 2000 quando ocorreram seis episódios de mortandade de peixes, foi elaborado o Plano de Estiagem 2004 com uma série de medidas para preservar a qualidade das águas.
A nova versão do plano foi apresentada na reunião do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi, no dia 30 de abril passado, pelo gerente da agência, engenheiro Edy Augusto de Oliveira, que continua empreendendo esforços para mobilizar parceiros
nos 22 municípios da região, para articular ações preventivas em defesa dos recursos hídricos. Os principais parceiros visados são os serviços municipais de água e esgoto, Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, Agência Nacional das Águas - ANA, Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE, as concessionárias Elektro e AES Tietê, do setor de energia, e indústrias, que deverão assumir responsabilidades em seus respectivos setores de atuação.
Aos serviços municipais de água e esgoto caberá a realização de campanhas de conscientização e educação da população, bem como a responsabilidade de injetar oxigênio no corpo d'água ou na massa de esgoto antes de lançá-la no rio, sempre que o oxigênio dissolvido (OD) estiver próximo ou abaixo de 4 miligramas por litro. Essa é uma medida paliativa que poderá evitar a ocorrência de mortandades de peixes, explica o engenheiro. "Enquanto não alcançarmos o nosso objetivo fundamental, que é o tratamento de 100% dos esgotos, vamos recorrer a essa medida emergencial", diz.
Às concessionárias de energia caberá o cumprimento do Plano de Monitoramento das Comportas. A Elektro, localizada na Cachoeira de Emas, deverá operar de maneira a não permitir o acúmulo de sedimentos nas águas, enquanto a AES Tietê, localizada na Cachoeira de Cima, deverá manter a vazão mínima em 16,67m³/s que, segundo os estudos hidrológicos nesse corpo d'água, é o volume registrado em períodos de estiagem.
Em relação à ANA e ao DAEE, a CETESB vai cobrar a fiscalização e o controle da água que é retirada do rio, uma vez que estimativas indicam que cerca de 50 a 60% da vazão é usada para irrigação, muitas vezes de forma clandestina. Esses dois órgãos têm competência legal para autorizar e fiscalizar a captação de água dos rios.
Quanto às indústrias, a CETESB vem realizando um trabalho de fiscalização e controle, conscientizando o setor para que haja um esforço para reduzir o consumo de água e o aprimoramento dos sistemas de tratamento de efluentes, para diminuir a carga poluidora nos rios.
A CETESB conta, ainda, com o apoio do Centro de Estudos e Pesquisas de Aqüicultura - CEPTA, órgão vinculado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, que realiza duas medições diárias no Reservatório de Emas avaliando diversos indicadores de qualidade das águas. Com base nesses dados, a CETESB pode acionar a Elektro para o manejo adequado das comportas da Cachoeira de Emas.
Também as organizações não-governamentais (ONGs) da região são alvo do interesse do gerente da CETESB, pois contribuem de forma efetiva na realização de campanhas de conscientização e na fiscalização da bacia.
O trecho crítico, situado entre Cachoeira de Cima, em Mogi-Guaçu, e Cachoeira das Emas, em Pirassununga, reúne o maior número de indústrias e o maior número de municípios que não tratam os esgotos, gerados por uma população de, aproximadamente, 600 mil habitantes. Dos 22 municípios pertencentes à bacia, apenas sete tratam seus esgotos.
Edy de Oliveira explica que "o uso da água é muito intenso e não sabemos a dimensão exata das reservas hídricas porque dispomos das informações de apenas dois postos fluviométricos". O gerente explicou que, em reunião há poucos dias com técnicos da ANA, foi solicitada a reativação de 13 postos de monitoramento do rio. "Precisamos de dados confiáveis da vazão do rio para avaliarmos com precisão os responsáveis pela poluição das águas", afirmou.
"Sem o tratamento de esgoto, a região não poderá crescer, aumentar a produção, gerar empregos, distribuir renda. A situação é crítica e, mesmo com todos os esforços que a CETESB vem desenvolvendo junto aos municípios, auxiliando as prefeituras nos estudos para o licenciamento e implantação de estações de tratamento de esgoto, pouco se avançou no último ano", alerta o gerente.

Fonte: Cetesb – agência ambiental de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Cris Olivette)

 
 
 
 

 

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