feira,
dia 13, a bordo do navio Arctic Sunrise. A
quarta edição do Guia do Consumidor
traz 28 empresas a mais do que a anterior.
Das 108 indústrias de alimentos presentes
na nova versão, 56% (60 empresas) estão
na lista vermelha - ou seja, não garantiram
aos consumidores que seus produtos derivados
de soja ou milho estão livres de matéria-prima
transgênica. Na edição
anterior esse índice era de 61%.
Durante o lançamento, ativistas do
Greenpeace denunciaram companhias que ainda
não adotam medidas de controle para
garantir que seus produtos cheguem livres
de transgênicos aos consumidores. É
o caso da empresa Bunge, detentora das marcas
Soya, Delícia, Mila, Primor, Sol e
Suprema, entre outras. A indústria
holandesa, que fatura R$ 12 bilhões
por ano no Brasil, adota na Europa uma política
contra o uso de transgênicos, e realiza
o controle em toda a sua produção
de alimentos - inclusive naqueles destinados
à alimentação dos porcos
europeus. Já no Brasil, a empresa não
faz nenhum tipo de verificação
em relação aos produtos transgênicos
para os produtos que coloca nas prateleiras
dos supermercados.
A nova edição do Guia do Consumidor
traz um número maior de empresas na
lista verde, ou seja, aquelas que se comprometeram
a não utilizar matéria- prima
transgênica na fabricação
de seus produtos. Na versão anterior,
essas indústrias representavam 39%
do total, contra 44% (48 companhias) na atual.
"De fato, a pressão dos consumidores
é fundamental para garantir um meio
ambiente e uma alimentação livre
de transgênicos. Foi graças à
pressão dos brasileiros que grandes
indústrias, como a Nestlé, a
Kraft e a Unilever, garantiram que não
utilizam transgênicos em seus produtos",
disse Gabriela Couto, da Campanha de Engenharia
Genética do Greenpeace. |