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BARRAGENS
AMAZÔNICAS COMO FONTES DE GASES DE
EFEITO ESTUFA", É TEMA DO SEMINÁRIO
DA AMAZÔNIA
Panorama
Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Junho de 2004
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No próximo
dia 29 às 16:00 horas, o Dr. Philip M. Fearnside,
pesquisador da Coordenação de Pesquisas
em Ecologia (CPEC) do INPA participa do Seminário
da Amazônia com a palestra " As hidrelétricas
não produzem energia limpa: Barragens amazônicas
como fontes de gases de efeito estufa".
O pesquisador antecipa que as barragens hidrelétricas
na Amazônia emitem seis vezes mais gases de
efeito estufa como emissões recorrentes totais
(i.e., emissões de inventário para
o Protocolo de Kyoto) do que as estimativas oficiais
brasileiras admitem atualmente. Isso acontece porque
as estimativas oficiais contam apenas as emissões
da superfície de cada reservatório,
e não as emissões muito maiores provocadas
pelo transcurso d'água pelas turbinas e pelo
vertedouro.
Emissões recorrentes totais em 11000 (o ano
de referência mundial para os inventários
nacionais sob a Convenção de Clima)
somaram oito milhões de toneladas de carbono
equivalente a CO2, se calculado usando o potencial
de aquecimento global para metano adotado pelo Protocolo
de Kyoto. Isto é aproximadamente igual ao
combustível fóssil usado pela cidade
de São Paulo. O impacto é dominado
por Tucuruí (75% do total), seguido por Balbina
(18%), Samuel (5%) e Curuá-Una (2%). Em 11000,
o impacto líquido de todas as quatro hidrelétricas
“grandes” (> 10 MW) na Amazônia eram pelo
menos o dobro do impacto da energia gerada com petróleo,
e, juntas, essas barragens emitiram quatro vezes
mais que o combustível fóssil que
elas substituíram.
Fonte: INPA - Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia (www.inpa.gov.br)