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FEIRA NA
CETESB MOSTRA PRODUTOS E SERVIÇOS
NA ÁREA AMBIENTAL
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Agosto de 2004
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A
Associação dos Engenheiros
da CETESB - ASEC está realizando
o 5º Encontro Técnico da entidade
para discutir e apresentar experiências
na área do licenciamento ambiental.
O encontro foi aberto nesta quarta-feira
(11/8), às 14 horas, no Auditório
Augusto Ruschi, com duração
de três dias para debater o modelo
paulista de licenciamento ambiental, as
interfaces do sistema entre as várias
instituições estaduais e federais
e as experiências de outros estados. |
Cetesb
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Fundada em 1992, a ASEC
congrega engenheiros, agrônomos,
arquitetos e demais técnicos, devidamente
inscritos no CREA - Conselho Regional
de Engenharia, Agronomia e Arquitetura
com o objetivo de representar e defender
os interesses dos associados, assim como
programar e promover instrumentos de aperfeiçoamento
profissional dos seus associados necessários
ao desenvolvimento científico e
tecnológico nacional do setor de
meio ambiente.
O evento tem a participação
de engenheiros da agência ambiental
paulista e de outros órgãos
da Secretaria do Meio Ambiente do Estado,
além de representantes de instituições
como o Departamento de Águas e
Energia Elétrica -DAEE, Agência
Nacional de Águas - ANA, Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
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Renováveis - IBAMA,
Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional - IPHAN, Departamento
Nacional de Produção Mineral - DNPM
e outros. Antes às 9 horas, no "hall"
desse auditório, foi aberta a Feira Ambiental
com estandes de várias empresas que atuam
na área ambiental. Além de exposições
de produtos e equipamentos destinados ao desenvolvimento
de novas tecnologias, a mostra contou com apresentações
técnicas realizadas pelos representantes
das empresas envolvidas.
Apresentações
técnicas
Para Martin Afonso
Penna, diretor-executivo da ABICLOR- Associação
Brasileira da Indústria de Álcalis
e Cloro-Derivados, o setor químico, em particular
a Clorosur - Associação Latino-Americana
da Indústria de Cloro, Álcalis e Derivados,
vê a legislação ambiental como
um gargalo no seu desenvolvimento.
Na opinião do diretor, que discorreu sobre
"A Visão da Indústria na Obtenção
de Licenças Ambientais", o processo
de licenciamento moderno é fundamental para
o setor, tendo em vista a preocupação
natural com a perda de competitividade gerada pela
morosidade na obtenção de licenças.
"Esse atraso, acaba comprometendo o planejamento
empresarial a ponto de conduzir a um risco de cancelamento
de empreendimentos", disse.
"Precisamos criar mecanismos para agilizar
o procedimento de obtenção de licenças,
que contribuam para consolidar a legislação
ambiental no Estado, eliminando a duplicidade de
licenças municipais e estaduais responsáveis
por atrasos e custos adicionais em taxas e emolumentos",
concluiu.
Coube à Ecopreneur do Brasil Ltda., empresa
voltada para o tratamento de água e efluentes
industriais e sanitários, a apresentação
do tema "Co-precipitação de Metais
Pesados em Efluentes pelo Processo UNIPORE".
O processo, de origem americana, permite o abatimento
de metais pesados em efluentes.
"A vantagem do sistema está no encapsulamento
dos metais por meio de uma matriz de ferro, que
gera um lodo dentro das normas de solubilização
e lixiviação. Outra característica
é o fato de que o sistema pode substituir
ou complementar os processos convencionais de precipitação
alcalina com simples adaptações de
aeração e adição de
cloreto de ferro", explicou Antonio de Freitas,
diretor da empresa.
Fundada há 33 anos, a empresa Telemed produz
e instala equipamentos de medição
volumétrica de tanques armazenadores de combustível
e equipamentos de monitoramento de detecção
de vazamentos. Para viabilizar essas ações,
a empresa desenvolveu, em parceria com o IPT - Instituto
de Pesquisas Tecnológicas, o equipamento
eletrônico Telemed MV1 para operar em zona
classificada de atmosfera potencialmente explosiva.
O equipamento, certificado pelo CEPEL/INMETRO -
Instituto Nacional de Metrologia, é constituído
de um painel com 32 pontos de sensoriamento, cujo
sistema supervisor identifica qualquer tipo de falha
técnica. Dispõe também de um
sensor de detecção de líquidos.
"A co-responsabilidade da Telemed no que se
refere ao monitoramento e detecção
de vazamentos nos torna um natural parceiro tecnológico
e ambiental dos postos de serviço",
disse José Antônio Puoli Filho, gerente
de Automação e Controle de Líquidos.
A representante da Tetra Pak, fabricante de embalagens,
Juliana Matos Seidel, enfatizou a preocupação
da empresa em estabelecer um mercado reciclador,
pois, segundo disse, "não adianta produzir
embalagens recicláveis se ninguém
as recicla".
Segundo suas explicações, a embalagem
Tetra Pak é composta por seis camadas sendo
quatro de polietileno, uma de papel e uma de alumínio.
A primeira etapa para o processo de reciclagem é
a desagregação do papel por meio de
agitação em água por um período
de 15 a 30 minutos. O papel resultante pode ser
utilizado, por exemplo, na fabricação
de caixas e cadernos. O plástico e o alumínio,
que sobram dessa primeira etapa de reciclagem, também
são reciclados para produção
de novos materiais, como telhas, móveis ou
"pellets" para a fabricação
de peças plásticas.
No momento existem oito empresas que trabalham com
a reciclagem dessas fibras e mais duas estão
em desenvolvimento. Dados de pesquisa da própria
Tetra Pak confirmam o aumento de interesse pela
reciclagem. Em 1993, a reciclagem era praticamente
nula; em 1997, esse número passou para 5%;
e, em 2003, atingiu 20%, o que representa um crescimento
de 33% ao ano.
A empresa, para consolidar o sucesso da reciclagem,
desenvolve um trabalho de conscientização
da população.
Com essa finalidade, há mais de seis anos,
efetua ações de educação
ambiental, produzindo folhetos para a divulgação
da coleta seletiva e da reciclagem, não apenas
de embalagens da Tetra Pak como de outros fabricantes.
Em seis anos do projeto, atingiu mais de 30 mil
escolas, 5 milhões de estudantes e 1.480
professores. O projeto consiste em passar aos estudantes
informações sobre o gerenciamento
do lixo urbano, coleta seletiva, reciclagem e ciclo
de vida dos materiais. Para isso, foi desenvolvido
um "kit" composto pela cartilha "A
Embalagem e o Ambiente" para alunos, pelo caderno
do professor "Meio Ambiente, Cidadania e Educação",
o vídeo "Quixote Reciclado", que
mostra, de maneira lúdica e instrutiva, as
ferramentas para o gerenciamento do lixo urbano,
e a Revista "Cultura Ambiental em Escolas",
com depoimentos e exemplos de ações
propostas no material.
Fonte: CETESB – agência
ambiental de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Wanda Carrilho)
Fotos: José Jorge
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