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MMA APRESENTA PROJETO PARA MANEJO DA CAATINGA

Panorama Ambiental
Fortaleza (CE) – Brasil
Agosto de 2004

Com recursos do GEF, serão investidos R$ 12,5 milhões, até 2007

05/08/2004 - O Ministério do Meio Ambiente apresentou hoje, durante a 1ª Conferência Sul-Americana sobre o Combate à Desertificação, o Projeto de Manejo Integrado de Ecossistemas e de Bacias Hidrográficas na Caatinga (GEF Caatinga), que integra as ações do Programa Nacional de Florestas. O Projeto contará, até 2007, com US$ 4,1 milhões (cerca de R$ 12,5 milhões) do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, do inglês Global Environment Facility) para estimular o desenvolvimento sustentável e pesquisas em 160 municípios de nove estados do Semi-Árido (ver figura ao lado e tabela abaixo). "O combate à desertificação será reforçado com o reflorestamento em pontos críticos e com o manejo adequado dos recursos naturais do Semi-Árido", disse Francisco Campello, coordenador do Projeto.

MMA

Em todo o Semi-Árido, que abrange parte de nove estados do Nordeste, de Minas Gerais e do Espírito Santo, a população e grande parte das atividades produtivas ainda são muito dependentes de madeira e de carvão, produzidos com a vegetação da Caatinga. Geração de energia em residências e indústrias, alimentação animal, construção de habitações, de escoras e de mourões, por exemplo, ainda são mantidas com a exploração predatória dos recursos naturais. Na região, o consumo industrial de madeira é de 29 milhões de metros esteres de madeira por ano (metro cúbico de madeira retorcida, típica do Semi-Árido), enquanto que o consumo nas residências chega a 39 milhões de metros esteres a cada ano. Para Campello, uma solução seria aumentar o número de unidades de conservação, da área de florestas manejadas e incentivar o plantio de espécies nativas e exóticas. Apesar de aproximadamente 50% da Caatinga ainda possuir cobertura vegetal, as áreas protegidas ocupam apenas 2% do Semi-Árido, e a maioria delas não está exatamente naquele bioma.

Segundo o coordenador, as ações do GEF Caatinga estão voltadas justamente para o manejo equilibrado e integrado dos recursos naturais, à recuperação de áreas degradadas e ainda para a criação de três corredores ecológicos e de uma unidade de conservação.
Os corredores serão implementados nas regiões de Peruaçú e Jaíba, em Minas Gerais, das serras da Capivara e das Confusões, no Piauí, e no sertão de Alagoas e Sergipe. "A implementação dos corredores terá uma 'característica funcional', não se tratará apenas de plantio para unir fragmentos de florestas. As populações dessas áreas receberão apoio e assistência técnica e serão estimuladas a práticas como recuperação de florestas e de áreas degradadas", disse Campello.
Conforme o coordenador do GEF Caatinga, os pequenos produtores da região poderiam obter pelo menos um salário mínimo mensal com o manejo de apenas 27 hectares de mata em boas condições, isso apenas com a extração de madeira, sem contar com recursos não-madeireiros, produção de forragem para as criações e sem agregação de valor à produção local. A média de rendimento mensal das famílias do Semi-Árido é de R$ 130, meio salário mínimo. "Esse tipo de atividade pode ser incentivado com linhas de crédito que compensem os produtores pela manutenção das florestas", disse.
O manejo adequado da Caatinga pode auxiliar no desenvolvimento sustentável do Semi-Árido, gerando empregos e renda a partir da exploração dos recursos nativos de cada localidade. Segundo Campello, na região do município de Tianguá, a mais de 300 quilômetros da capital cearense, 56% da renda das famílias vem do manejo do Sabiá, árvore típica da Caatinga. Além disso, novos produtos estão sendo desenvolvidos a partir do jatobá e do imbú, para alimentação, e da aroeira, da quixaba, da janaguba e da fava danta, para uso medicinal e industrial, na fabricação de antiinflamatórios e no tratamento de glaucomas.
Ainda conforme o coordenador do GEF Caatinga, o consumo de madeira para a fabricação de tijolos, atividade comum no Semi-Árido, pode ser muito reduzido com melhorias nos fornos. Segundo ele, atualmente são usados quatro metros esteres de lenha para se fabricar mil tijolos, mas esse número pode cair para até meio metro estere com uso de novas tecnologias, aumentando a eficiência dos fornos, que em muitas localidades são abertos, desperdiçando calor.

Municípios por Estado
Bahia
19
Minas Gerais
8
Alagoas
11
Sergipe
4
Pernambuco
19
Ceará
38
Paraíba
18
Rio Grande do Norte
16
Piauí
27
Total
160

Fonte: MMA – Ministério Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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