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COMPRAR ANIMAIS DE TRAFICANTES É CRIME AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2004

“Não compre animais silvestres do tráfico na beira das estradas. Denuncie o crime ambiental.”
É o apelo da Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama aos que viajam de carro nas férias, feriados e, agora no carnaval e, muitas vezes para livrar o bicho das mãos dos traficantes, para agradar um filho ou por achá-lo bonitinho, praticam a infração.
O Ibama adverte que ao comprar o animal, mesmo por solidariedade, a pessoa torna-se cúmplice do traficante, favorecendo e incentivando que outros sejam capturados. Se há comprador, por que não continuar retirando os bichos da natureza, pensam os traficantes?
Aos que insistem em praticar o crime ambiental, o Ibama informa que a crueldade começa na captura no meio da mata: micos adultos que carregam os filhotes são apedrejados; filhotes de papagaios são roubados dos ninhos; passarinhos adultos são apanhados em alçapões ou em redes deixando os filhotes sem alimento para morrerem de inanição.
Estima-se que doze milhões de animais silvestres sejam capturados anualmente da natureza para abastecer o tráfico interno e internacional. A maioria, porém, não sobrevive às condições de captura e de transporte. De 749 pássaros apreendidos em Além Paraíba/MG, por exemplo, a metade morreu mesmo sob cuidados veterinários. Eles seriam transportados do nordeste para o Rio de Janeiro em um caminhão totalmente fechado.
Assim, além de perpetuar a crueldade na captura de novos animais para o tráfico, quem compra esses bichos – mesmo os mais inocentes passarinhos, contribui para a extinção de muitas espécies da natureza, como a ararinha-azul, inexistente hoje devido ao tráfico.
Animais silvestres só podem ser adquiridos de criadouros legalizados e credenciados no Ibama. Fora disso o ato é ilegal. Tanto o traficante como o comprador – ambos infratores, estão sujeitos à multa e à prisão.
Através dessa conscientização, o Ibama quer a população como parceira na luta diária para acabar com a atividade ilegal e com o sofrimento dos animais que conseguem sobreviver à brutalidade dos traficantes.
Embora a perda de habitat e a introdução de espécies exóticas sejam as principais ameaças aos animais silvestres no Brasil, o tráfico de bichos no mundo só é superado por outras duas atividades ilegais: a venda de armas e de drogas. Estima-se que o mercado negro de animais movimente mais de dez bilhões de dólares por ano, dos quais o Brasil responderia por dez a quinze por cento.
De 1992 a 2000 foram apreendidos 263.972 animais, estatística que pode ser ampliada ao se considerar que algumas apreensões não chegam a ser notificadas. Desse total, as aves representam entre 80 por cento a 90 por cento, seguidas dos répteis e dos primatas. O minúsculo peixe amazônico ornamental, um dos mais exóticos e cobiçados do mundo, vale o seu peso em ouro no mercado negro internacional. Por falta de cuidados especiais, no entanto, a maioria morre em pequenos aquários domésticos.
Em conseqüência, é crescente a lista de animais brasileiros ameaçados ou extintos da natureza: as cerca de 200 espécies relacionadas em 1989 pularam para 395, em 2003. O Ibama esclarece que muitos animais nacionalmente ameaçados de extinção já estão extintos a nível local, como o cachorro do mato vinagre, que sumiu de Minas Gerais.
Fora a grande procura por animais vivos, o mercado negro abastece a demanda de couro, pele, penas, dentes, chifres e outros órgãos dos bichos. Segundo o setor de fiscalização do IBAMA do Amazonas, só para o festival dos Bumbas de Parintins são abatidos clandestinamente cerca de 26 mil animais todos os anos, principalmente araras cujas penas são usadas em cocares e em diversos artesanatos vendidos aos milhares de turistas. Para impedir a matança, o órgão estadual vem realizando campanhas sistemáticas de conscientização, com o apelo: “não tire as penas da vida”.
O combate ao tráfico de animais silvestres é uma das prioridades do Ibama, que busca intensificar a fiscalização nas estradas, nas feiras e nos locais de reprodução. A Coordenadoria de Fauna lembra, porém, que a principal arma contra o tráfico pode ser muito mais simples – basta ter consciência e cumprir a legislação não comprando animais sem origem legal.

Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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