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DOSSIÊ INÉDITO MOSTRA QUE MAIOR CONTAMINAÇÃO TRANSGÊNICA SE DÁ NO MAQUINÁRIO AGRÍCOLA

Panorama Ambiental
Cuiabá (MT) - Brasil
Julho de 2004

A contaminação das lavouras de soja convencional com sementes transgênicas e o pagamento compulsório de royalties geram prejuízos aos agricultores que não plantam sementes geneticamente modificadas

16-07-2004 - O dossiê sobre contaminação transgênica lançado hoje em Curitiba pelo Greenpeace demonstra onde está o maior risco para os agricultores de soja convencional no Brasil: nas máquinas para cultivar, semear e colher, além dos caminhões utilizados para o transporte do produto e os silos de armazenamento. Além disso, ainda existe a possibilidade de ocorrer a polinização cruzada, forma de reprodução da soja que põe em risco de contaminação as lavouras não-transgênicas que se situam muito próximas a plantações geneticamente modificadas.
Essa conclusão faz parte do documento “Soja transgênica no Brasil — Contaminação e royalties”, e é registrada no vídeo “Transgênicos — As vítimas da contaminação”, com depoimentos de agricultores do Rio Grande do Sul que plantam soja transgênica ou não-transgênica. O objetivo do lançamento do dossiê é alertar os agricultores do Paraná sobre os riscos da contaminação transgênica, e suas graves consequências.
Com a sua safra contaminada por soja transgênica, o agricultor fica impossibilitado de vender sua produção como soja convencional para as cooperativas, como a Cotrimaio (localizada no município de Três de Maio, RS), que paga preços melhores pelo produto convencional(2). Além disso, caso seja detectada a contaminação, o agricultor será obrigado a pagar royalties por uma tecnologia que não utilizou voluntariamente. De acordo com o contrato firmado entre a Monsanto e as cooperativas e indústrias processadoras de soja, esse pagamento deve ser feito sobre a colheita. Evitar a contaminação também gera um custo para o produtor, que terá de arcar com limpeza de maquinário, e a separação entre sementes transgênicas e não-transgênicas para comercialização da safra, por exemplo.
Outro sério problema acarretado pela soja Roundup Ready é o surgimento de ervas daninhas tolerantes ao glifosato, provocando o aumento do uso de herbicidas. Esse aumento já ocorre mesmo nas lavouras convencionais tratadas com agrotóxicos. Entretanto, a soja transgênica resistente ao glifosato acelera o processo de seleção de ervas tolerantes devido ao uso constante do mesmo herbicida.
Cientistas independentes detectaram fragmentos desconhecidos de DNA na soja transgênica que podem se manifestar de maneira desconhecida, causando consequências imprevisíveis ao ser humano e à natureza(5). Do ponto de vista científico, falta “previsibilidade”, “controle” e “reproducibilidade” na técnica de criação dos organismos geneticamente modificados. Essa imprecisão do método de inserção de genes cria a necessidade de um procedimento de avaliação detalhado e multidisciplinar para garantir a segurança ao consumidor e ao meio ambiente. O Greenpeace defende o “Princípio de Precaução” na realização de avaliações de risco.
Segundo o engenheiro agrônomo Ventura Barbeiro, da Campanha de Engenharia Genética do Greenpeace, o agronegócio é fundamental para o desenvolvimento sócio-econômico do Brasil. “O Greenpeace defende a agroecologia como um modelo de agricultura sustentável para o país”, afirma. “Eliminar o uso de agrotóxicos é essencial para a proteção da biodiversidade”.
Além da apresentação de Ventura Barbeiro, o lançamento do dossiê também teve a participação do presidente da Associação Xavante Warã, Hiparidi Top’ Tiro, do Mato Grosso. Segundo Hiparidi, para o povo Xavante a agricultura orgânica e sustentável é a única forma de boa convivência entre os agronegócios e as comunidades indígenas.

(1) (www.cotrimaio.com.br)
(2) (www.soja-rr.com.br) ver lista de colaboradores e participantes

Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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