"Dois
terços da Mata Atlântica que
sobrou no Brasil se encontram no Estado de
São Paulo. Nós temos o dever
de preservá-la para que as próximas
gerações possam desfrutá-la",
enfatizou o governador.
Alckmin entregou o diploma para um representante
da primeira turma de 20 monitores, que vão
acompanhar os visitantes e apresentar toda
a beleza da Mata Atlântica e dos monumentos
históricos ao longo dos caminhos dos
quatro roteiros propostos, além de
alertar o público sobre a necessidade
de sua preservação.
Maria Cecília Wey de Brito, diretora
do Instituto Florestal, órgão
da Secretaria do Meio Ambiente, disse que
o meio ambiente exuberante que se pode apreciar
nesse caminho é resultado do trabalho
dos órgãos ambientais para proporcionar
à população deste Estado
uma boa qualidade de vida".
Depois da apresentação do Pólo
Ecoturístico e discurso das demais
autoridades, o governador, acompanhado da
primeira-dama do Estado, d. Lu Alckmin, dos
secretários, dos jornalistas e do público
inscrito, liderou a primeira caminhada de
oito quilômetros, descendo pela Estrada
Caminho do Mar, seguindo um dos roteiros que
será oferecido para os visitantes.
E, em cada monumento histórico, ouviu
com atenção as apresentações
culturais como as de um grupo coral no Rancho
da Maioridade, a encenação de
atores mostrando os hábitos e vestimentas
da época do império no monumento
do Pico e a apresentação da
dupla de cantores líricos no Padrão
de Lorena, organizados pela Secretaria de
Cultura.
Segundo o presidente da CETESB – Companhia
de Tecnologia de Saneamento Ambiental, Rubens
Lara, "o que se faz em parceria caminham
e dão certo. A CETESB se fez presente
nesse projeto monitorando todas as bicas ao
longo dos trajetos, certificando os visitantes
sobre a potabilidade das águas para
o consumo".
A visitação
O "Caminhos do Mar
– Pólo Ecoturístico" faz
parte do plano de manejo do Parque Estadual
da Serra do Mar, que está sendo elabora
pelo Instituto Florestal. Como no passado,
o Caminho do Mar, conhecido como a “Trilha
dos Tupiniquins”, era utilizado por índios,
jesuítas e bandeirantes, hoje está
vocacionado para atividades de ecoturismo.
Em meio à Mata Atlântica, entre
ipês, aroeiras, guatambus, embaúbas
e outras espécies nativas, e declarado
pela UNESCO como Reserva da Biosfera, o pólo
abrange uma área de 5.000 ha do Parque
Estadual, inserido em áreas patrimoniais
de concessão da Empresa Metropolitana
de Águas e Energia – EMAE, da Secretaria
de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento.
A gestão do Pólo Ecoturístico,
bem como os investimentos, é de responsabilidade
da Fundação do Patrimônio
Histórico de Energia de São
Paulo, sob a supervisão das secretarias
parceiras.
Todas as visitas serão acompanhadas
por monitores treinados e formados pela Reserva
da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade
de São Paulo, dentro de um projeto
de orientação, qualificação
e criação de oportunidades para
jovens no mercado de trabalho. Os monitores
são estudantes da rede pública
de ensino das cidades de Santo André
e São Bernardo do Campo, com idade
entre 18 e 24 anos. Esses monitores apresentarão
cada monumento encontrado no caminho, ressaltando
sua importância no contexto histórico
da antiga Estrada de Santos para o desenvolvimento
econômico da cidade de São Paulo.
São três
roteiros acompanhados pelos monitores da Reserva
da Biosfera e dois operados pela EMAE:
- Ecológico/histórico: Calçada
de Lorena - este passeio é feito a
pé, com uma duração de
aproximadamente 7 horas, com saída
e retorno na Casa de Visitas do Alto da Serra.
- Histórico I - descida pelo Caminho
do Mar a partir da Casa de Visitas do Alto
da Serra e retorno em microônibus, com
duração de 5 horas.
- Histórico II - o mesmo percurso feito
de microônibus, com duração
de 3 horas.
- Energético - este roteiro, operado
pela EMAE, inclui visita às dependências
da Usina Henry Borden e tem a duração
de 3 horas.
- Expedição Caminho das Águas
- a saída é da sede da EMAE,
como uma parte por meio de barco pela Represa
Billings até o Alto da Serra, com duração
total de 3 horas.
O Pólo Ecoturístico permanece
aberto ao público de terça a
domingo, inclusive nos feriados, das 8,30
às 16 horas, funcionando em caráter
experimental nos primeiros 60 dias, atendendo
a 100 visitantes de terça a sexta e
200 aos sábados, domingos e feriados.
As visitas à Usina Henry Borden poderão
ser feitas às terças, quintas
e sextas-feiras, para grupos de até
30 pessoas. Os roteiros e o número
de visitantes por dia foram aprovados pelo
Instituto Florestal, com base em estudos anteriores,
com parâmetros testados em pesquisas
de diminuição de impactos de
visitantes em área ambiental, que poderá
ser revisto no período de funcionamento
experimental.
As visitas deverão ser agendadas, a
partir de 19 de abril, pelo telefone (13)
3372-3307 ramal 283.
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