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ESPECIALISTAS FALAM DE AÇÕES DO ESTADO NA BUSCA DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2004

José Jorge
O economista e mestre em energia José Luiz de Carra e o engenheiro e administrador de empresas Plínio Barbosa Pires, ambos da Secretaria de Estado de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, foram os palestrantes do curso “As Ações do Estado de São Paulo na Eficiência Energética”, nesta quarta-feira (23/6), realizado pela CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental.
A sessão de treinamento, a primeira de uma série a ser promovida nos próximos meses, foi realizada por meio de uma parceria entre a agência ambiental, como parte do seu Plano de Capacitação e Formação Profissional Continuada para 2004, e a Mesa-Redonda Paulista de Produção Mais Limpa, que constitui um fórum de discussão e divulgação dos conceitos e resultados de produção mais limpa.
Os especialistas convidados para conduzir o treinamento abordaram os temas “O papel da eficiência na matriz energética e nas emissões”, “O Programa Estadual de Redução e Racionalização do Uso de Energia”, “Redução de despesas com a análise da fatura e alternativas energéticas analisadas”, “Instalações elétricas” e “Usos finais de energia”.

Efeito estufa

De acordo com José Luiz de Carra, como parte de um estudo de caso desenvolvido pela Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, para incorporar de forma sistemática, no âmbito do planejamento energético estadual, instrumentos capazes de mensurar antecipadamente os impactos a serem causados pelas opções de oferta, foram construídas as matrizes energética e de emissões no Estado de São Paulo para os anos de 2003 a 2015.
Foram também incorporadas algumas possibilidades de redução de emissões de gases do chamado efeito estufa, a partir da conservação ou substituição de energéticos. E, finalmente, buscou-se valorar essas reduções de emissões de carbono equivalente, seguindo-se os preceitos do MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo).
Com base nesse estudo, estima-se que no ano de 2015, por exemplo, com a adoção da eficiência energética e uma meta de redução de 10% no consumo de energia no Estado – considerando-se o total de 97.199 gigawatts/hora consumidos em 2002 - , São Paulo conseguiria economizar 14.808 gigawatts/hora, de um total projetado para aquele ano, sem reduções, de 148.084 gigawatts/hora. Isso corresponderia a deixar de construir usinas hidrelétricas equivalentes a 3.381 megawatts de potência, ou evitar investimentos da ordem de 8,5 milhões de dólares, ou ainda, não inundar uma área de aproximadamente 1,3 mil quilômetros quadrados.
Outras estimativas, considerando-se os benefícios previstos no Protocolo de Kyoto (que ainda não se encontra em vigor, por falta de ratificação do acordo internacional, ou pelos Estados Unidos ou pela Federação Russa), relativos aos créditos de carbono, dão conta de que o Estado de São Paulo poderia chegar, em doze anos (o período compreendido entre 2003 e 2015) a uma redução total de 44% nas emissões, ou seja, deixando de emitir 45 milhões de toneladas desses gases para a atmosfera e auferindo o correspondente a 370 milhões de dólares.
Conforme Carra, essa redução seria conseqüência de uma meta “possível” de redução de 1% ao ano das emissões (o que resultaria num crédito de 81 milhões de dólares), do aumento do teor de álcool na gasolina de 25% para 29% (crédito de 57 milhões de dólares) e da adição de 5% de biodiesel ao diesel tradicional (crédito de 292 milhões de dólares), considerando-se sempre essas providências apenas no Estado de São Paulo.

Programa Estadual

Em continuidade à apresentação de José Luiz de Carra e procurando reforçar a importância de se economizar e, ao mesmo tempo, reduzir desperdícios, Plínio Barbosa Pires falou do Programa Estadual de Redução e Racionalização do Uso de Energia, implantado em 2001, no âmbito de todas as instituições vinculadas ao Governo do Estado de São Paulo.
Ele destacou a importância das ações já efetivadas e em planejamento, lembrando que “na realidade, embora no Brasil se utilize hoje apenas 23% do potencial hidráulico do país, para fins de produção de energia, o Estado de São Paulo, que é o maior consumidor, tem muito pouco a crescer no seu potencial hidráulico”.
Segundo Plínio, no Estado de São Paulo, o setor público consome 10% da energia elétrica total. Desse percentual, os órgãos vinculados ao Governo do Estado são responsáveis por 34% do consumo, ou seja, 4 bilhões de kilowatts/hora, ou ainda o correspondente ao consumo de dois milhões de residências.
Assim, conforme enfatizou, o Programa Estadual de Redução e Racionalização do Uso de Energia visa, justamente, a conservação de energia e a utilização de sistemas eficientes. Como exemplo, Plínio citou que apenas com uma melhor adequação de contratos, chega-se a 15% de economia nas despesas com energia.

Fonte: Cetesb – agência ambiental de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Mário Senaga)

 
 
 
 

 

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