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GOVERNO
NORTE-AMERICANO PLANEJA ENVIAR PLUTÔNIO
PARA FRANÇA
Panorama
Ambiental
Washington – EUA
Junho de 2004
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Navio
irá partir do porto de Charleston na Carolina
do Sul, Estados Unidos, para Cherbourg na França
carregado de material nuclear
O governo americano
planeja transportar dos EUA para a França
150 quilogramas de plutônio enriquecido para
a utilização bélica. Apesar
do aviso do Departamento de Segurança americano
sobre os riscos que envolvem este deslocamento,
os países mantêm sua decisão.
Para apontar os perigos desta operação
e firmar sua postura contra os riscos da utilização
nuclear, o Greenpeace apoiou a formação
da Frota do Atlântico contra os Perigos Nucleares,
que irá lutar para que transportes de substâncias
nucleares não ocorram. “A mobilização
dos cidadãos contra a política nuclear
destes países é vital para conseguirmos
reduzir a proliferação destas práticas
e as ameaças ambientais que elas representam”,
disse Tom Clements do Greenpeace Internacional.
O carregamento transportará plutônio
enriquecido em quantidade suficiente para a construção
de mais de 50 armas de destruição
em massa. O plutônio é uma das substâncias
conhecidas mais perigosas e o seu transporte é
inseguro em qualquer circunstância, pois os
riscos de acidente, vazamento, roubo e ataques terroristas
são enormes. Em caso de acidente, o plutônio
pode espalhar-se pelo oceano e pela costa sudoeste
dos EUA e da Europa, envenenando pessoas e a vida
marinha por milhares de anos.
“Ao mesmo tempo em que o governo norte-americano
proclama sua obsessão com o fim da proliferação
e tráfico ilícito de materiais nucleares
para produção de armas, ele acende
a luz verde para a exportação de seu
plutônio para a França”, complementa
Clements. O transporte é parte de uma estratégia
para a iniciar a utilização de plutônio
como combustível comercial. Trata-se de uma
forma suja, cara, perigosa e ultrapassada de reciclar
o lixo nuclear por meio da separação
do plutônio enriquecido para produção
de armas nucleares e sua conversão em combustível
MOX (óxido de plutônio e urânio)
para ser reaproveitado no reator nuclear.
Fonte: Cetesb – Agência Ambiental
de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa