Panorama Ambiental
São Paulo (SP) Brasil
Março de 2004
Governos de mais de 180
países se reu-niram em Kuala Lumpur
(Malásia) para a 7ª Conferência
da Convenção das Nações
Unidas sobre Diversidade Bio-lógica
(CDB), em fevereiro. Ao final de 12 dias,
a convenção aprovou um programa
de trabalho forte, cujo compromisso é
parar e reduzir a perda de biodiversidade
até 2010, criando uma rede global
de áreas protegidas e reconhecendo
os direitos dos povos indígenas e
comunidades tradicionais. Pela primeira
vez, os ecossistemas oceânicos foram
incluídos nas estratégias
da CDB.
“Finalmente a convenção aprovou
um plano consistente, com metas e objetivos
factíveis para a proteção
da biodi-versidade”, afirmou o coordenador
da Cam-panha da Amazônia, Paulo Adário,
presente à conferência (foto).
No entanto,
nenhum compromisso con-creto foi firmado por
parte dos governos para a imediata implementação
ou financiamento do plano de ação.
Dessa forma, a CDB corre o risco de se transformar
apenas em boas intenções. “Ainda
falta definir o compromisso finan-ceiro efetivo
dos países ricos. Os países em
desenvolvimento, que detém a maior biodiversidade
do planeta, também precisam implementar
programas na-cionais para a criação
de áreas protegidas e reconhecimento
dos direitos dos povos tradi-cionais”, disse
Paulo Adário.
Dois brasileiros que participam do projeto do
Greenpeace Jo-vens pela Floresta, João
Paulo Vieira Furtado, de 15 anos, e Cláudia
Pimentel Maciel, de 16, também foram
à CDB, para levar a luta dos ribeirinhos
de Porto de Moz (PA) pela criação
da reserva extrativista Verde para Sempre. A
próxima reunião da convenção
será realizada no Brasil, em 2006. Saiba
mais sobre a CDB em www.greenpeace.org.br/cdb.
Fonte: Greenpeace-Brasil
(www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
Foto: J. Ishii/Greenpeace
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