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PATAXÓS PARTICIPAM DE PROJETO DE CONSERVAÇÃO DO MONTE PASCOAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2004

MMA e Pataxós discutem gestão ambiental no Parque Monte Pascoal

Uma reunião da Diretoria de Áreas Protegidas e o Grupo de Trabalho Monte Pascoal começou a discutir ontem, no Ministério do Meio Ambiente, a implementação de um acordo de gestão ambiental participativa com as comunidades indígenas Pataxó que vivem no entorno do Parque Nacional Monte Pascoal, na Bahia. O Acordo de Cooperação Técnica firmado entre os ministérios do Meio Ambiente e da Justiça, o Ibama e a Funai começou a ser implantado nas comunidades indígenas em abril do ano passado.
Um dos primeiros trabalhos desenvolvidos com os índios, foi o plantio alimentar emergencial, por meio do sistema agroecológico sustentável. O sistema permite que se misture várias plantações, como árvores, árvores frutíferas e raízes, que serão utilizadas entre outras finalidades, para alimentação, fabricação do artesanato, manipulação de remédios.
O acordo já possibilitou também a criação da brigada Pataxó para combate aos incêndios, que está sendo treinada pelo Ibama. No encontro, que termina hoje, serão discutidas ainda a promoção de planos e programas para a recuperação de áreas degradadas, restauração de habitats florestais e o desenvolvimento econômico, garantindo a sustentabilidade dos recursos naturais e o equilíbrio ambiental do conjunto Parque Nacional e Terras Indígenas.
O Ministério do Meio Ambiente vai investir este ano R$ 300 mil na conservação e recuperação da Mata Atlântica nas terras indígenas e no Parque Nacional Monte Pascoal, na Bahia. As propostas para o desenvolvimento de projetos foram definidas em reunião com técnicos da Diretoria de Áreas Protegidas do MMA, Ibama, representantes da Funai e da comunidade Pataxó.
O programa de gestão ambiental que será implementado, a partir de julho, prevê o desenvolvimento de projetos agroecológicos para atender as necessidades e preferências das aldeias. Serão priorizados os plantios de leguminosas produtoras de sementes para artesanato, com valor forrageiro, fruteiras, palmeiras e plantas de produção de lenha. O programa prevê, ainda, a criação de um banco de sementes e a plantação de 200 hectares de novas roças, em áreas degradadas, além de incentivar a pesca marítima e a piscicultura.
No entorno do Parque Nacional Monte Pascoal, vivem cerca de 5.600 índios em oito aldeias Pataxós. O projeto de gestão participativa do Ministério do Meio Ambiente tem como objetivo viabilizar o desenvolvimento econômico dessas comunidades em harmonia com a unidade de conservação.

Parceria

Para Milene Maia, chefe do Parque Nacional Monte Pascoal, essa relação de parceria, é uma relação que aproxima e torna-se mais amigável, onde cada parceiro tem seu papel e a atuação de cada um é fundamental para que o todo possa ser efetivado. "A gestão participativa que está sendo implementada com as comunidades é importante não só para o Parque e para os Pataxós, mas porque será exemplo de um processo com uma nova visão de gestão de áreas protegidas. Onde as questões sociais são trabalhadas e a busca de soluções para esses problemas sociais é feita em conjunto".
Alfredo Ferreira Santana, representante da comunidade Pataxó, afirma que o trabalho está tendo um ótimo resultado, porque a vida nas aldeias está mudando para melhor. "A comunidade no início do projeto não acreditava muito nos resultados, mas depois que os trabalhos começaram a ser desenvolvidos, principalmente os da agricultura, da feitura das roças, de plantar e colher, passou a acreditar que o projeto vai dar certo e realmente já deu certo. Plantamos mandioca, cultura importante para a nossa comunidade, que estava esquecida, tivemos que buscar a maniva (semente da mandioca), longe de nossa região, e hoje temos mais ou menos 100 hectares de plantação de mandioca. Colhemos feijão, milho, melancias, abóbora. Agora precisamos modificar a produção do artesanato, este é o grande desafio. Se tivermos outras alternativas de trabalho, ou o se o artesanato for sustentável, não vamos mexer nas madeiras do parque".

Fonte: MMA – Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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