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PRÊMIO CHICO MENDES DE FLORESTANIA ANUNCIA GANHADORES

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Janeiro de 2005

05/01/2005 O governo do estado do Acre realizou na última semana de 2004 a entrega da primeira edição do Prêmio Chico Mendes de Florestania. No evento ocorrido na sexta-feira 24 de dezembro, em Rio Branco (AC), foram agraciados o líder indígena Joaquim Yanawawá, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o antropólogo inglês Anthony Gross.

Os vencedores receberam a homenagem por suas iniciativas, projetos, programas e ações de incentivo ao fortalecimento do conceito de florestania. Joaquim Yanawawá, do povo Yanawawá, recebeu o prêmio na categoria regional e um cheque de R$ 10 mil. O prêmio enfatiza as ações implantadas pelos Yawanawá com o objetivo de defender seu território, tradição e cultura, exercendo um importante papel no desenvolvimento social. O povo Yawanawá firmou parceria com a empresa norte americana AVEDA e criou a Organização de Agricultores e Extrativistas Yawanawa do Rio Gregório (OAEYRG). Hoje, vários projetos de desenvolvimento sustentável estão sendo desenvolvidos pela organização com o propósito de garantir a geração de renda para a comunidade.

A ministra Marina Silva, companheira de Chico Mendes desde a fundação da Central Única dos Trabalhadores do Acre, em 1984, venceu na categoria nacional pelo conjunto de seu trabalho, em especial na defesa de reservas extrativistas, no apoio ao desenvolvimento sustentável da região a partir da exploração da castanha, da extração do latéx e do cultivo de plantas medicinais. O esforço de Marina em chamar a atenção do Brasil e do mundo para os problemas enfrentados pelos seringueiros também foi lembrado na concessão do prêmio.

O antropólogo Anthony Gross, sócio-fundador do ISA, recebeu a distinção na categoria internacional. Desde o começo dos anos 80 Gross trabalha com as comunidades tradicionais da floresta. Intermediou as negociações com entidades ambientalistas americanas para o financiamento de cooperativas de seringueiros. Foi quando teve o primeiro contato com Chico Mendes, que apoiava o projeto por meio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri. “Gross foi uma das figuras fundamentais na organização do movimento socioambientalista no Acre e no Brasil”, afirma Adriana Ramos, coordenadora do ISA. Atualmente Gross trabalha como consultor do Instituto de Estudos Avançados da Universidade das Nações Unidas e coordena programa internacional de capacitação de populações tradicionais visando o entendimento dos capítulos da Convenção da Diversidade Biológica que refere à garantia dos conhecimentos tradicionais.

A palavra florestania, junção de floresta e cidadania, foi cunhada na primeira gestão do governador Jorge Viana para sintetizar um novo conceito de desenvolvimento na floresta amazônica. “É a cidadania do ponto de vista de quem vive na região”, costuma definir Viana. De acordo com o teólogo Leonardo Boff, florestania é investir na cidadania dos povos da floresta e da própria floresta, “mediante investimentos do estado em termos de educação, saúde, lazer e de formas de produção extrativista, respeitando a floresta”.

O evento de premiação reuniu familiares de Chico Mendes como a viúva Ilzamar Gadelha, sua filha Elenira, além de amigos, companheiros e antigos colaboradores do sindicalista, entre os quais o próprio governador Jorge Viana, que foi assessor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri até a época do assassinato de Mendes. O momento mais marcante da solenidade ocorreu quando foi exibido um vídeo no qual o próprio Chico Mendes falava de suas dificuldades na luta pela sobrevivência, relatando que era obrigado a dormir cada noite em locais diferentes e que temia pelo seqüestro de seus familiares e pela própria morte.

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental (www.socioambiental.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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