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TURISMO DE AVENTURA E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
ATRAEM VISITANTES NA ILHA DO MARAJÓ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2005

02/01/2005 - Com investimento em infra-estrutura, moradores e empresários do arquipélago de Marajó contam que conseguiram triplicar o número de turistas e já estão ampliando seus negócios. Alguns ainda não conseguem viver apenas da atividade, mas estão confiantes que, nos próximos anos, o número de visitantes será ainda maior.

Saindo de Belém, em um avião Caravan de nove lugares, começa a viagem, com destino ao arquipélago de Marajó. Logo surge o conjunto de ilhas, bem próximas entre si. A água surge em um tom diferente, entre o verde e o marrom, conseqüência da "briga" entre o rio Paracauari (afluente do Amazonas) e o mar. Nesta época, com menos chuvas, o mar empurra o rio e a água fica verde. Com as chuvas e as conseqüentes cheias, o rio empurra o mar e a água fica marrom. É a pororoca.

Praia, montaria em búfalos, cavalos e trilhas compõem o ecoturismo e o turismo de aventura do arquipélago, que passou a ser incentivado pelo poder público a partir de 98. "Desde então vem crescendo, o governo investiu muito em divulgação e no treinamento do pessoal que mora aqui na região, com cursos do Sebrae e oficinas", conta o motorista e guia turístico, Élson Ferreira de Souza.

Segundo ele, apesar do aumento, ainda não dá para viver do turismo. "Trabalho também com transporte da população local das vilas para a cidade, principalmente no final de semana, quando o pessoal de Belém que tem familiares aqui vem passear", diz. De acordo com o guia, antes dos investimentos, a média anual era de quinhentos turistas por ano. "Agora chega a 1.500 quando a temporada é boa", comemora.

Com o crescimento do número de turistas, vão aumentando também os atrativos, e as ilhas começam agora a trabalhar com a pesca esportiva. "A gente percebeu que esse segmento tem aumentado muito no mundo inteiro", afirma Tony Santiago, dono de uma pousada na região. Ele espera fechar o ano com um crescimento de 25% em relação a 2003 e firma que a preocupação com a preservação do meio ambiente é contínua.

"A idéia é não depredar, tem que devolver o peixe. O cliente leva para casa a emoção de estar pescando em Marajó, um sorriso e um abraço", brinca o empresário. Com mais visitantes, o cuidado com a preservação precisa ser redobrado. "Há uns anos, os barcos não tinham lixeira, então as pessoas jogavam tudo no rio. Foi feito um trabalho de conscientização com os proprietários dos barcos para colocarem lixeira", conta Tony, que administra uma pousada com 70% da energia proveniente do sol. "Estamos querendo instalar energia eólica para sermos auto-suficientes", anuncia.

Quem também ajuda a preservar é a engenheira agrônoma Eva Abufaiad. Em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ela cuida de animais selvagens feridos, machucados ou ex-prisioneiros. "Não aceito dinheiro de ninguém para salvar um animal, é a minha contribuição à natureza", diz Eva, que faz um outro trabalho de preservação. "Recebo 400 crianças por ano, na minha fazenda, para ensinar a como amar os animais."

Uma das curiosidades de Marajó que desperta a atenção dos turistas são os búfalos. Até a polícia montada do arquipélago, ao invés de cavalos, usa o animal. "Nadam e carregam peso melhor que os cavalos, há partes alagadas onde o cavalo não consegue atravessar, mas perdem em velocidade", compara o soldado Márcio Felipe Martins, há nove anos na polícia. O soldado garante que Rabicho, o búfalo mais veloz de Marajó, é tão rápido quanto um cavalo.

Lá, todos têm nome: Pimpolho e Cacique são os preferidos, mas é Estrela o mais mimado, já que é o caçula, entre os vinte búfalos do quartel. Herbívoro, o animal agüenta até três dias sem comer se preciso. Vinte búfalos acompanham os policiais no patrulhamento diário em terrenos alagados. A polícia recebe, em média, cinqüenta ocorrências por ano de devastação, retirada ilegal de madeira e areia, usada em construções. As ocorrências mais preocupantes são de roubo de animais. Segundo o soldado, há mais de dez quadrilhas especializadas em roubo de búfalo na região.

Os búfalos, juntamente com a pesca e o agronegócio, são as principais atividades econômicas da região. O couro do animal é usado na fabricação de sandálias, selas e artesanato, além da culinária, carne, queijo e doce de leite. Para salvar o rebanho, a agrônoma ensina uma receita. Todos os anos, no dia 20 de janeiro, faz uma festa para agradecer e homenagear São Sebastião, o santo protetor das fazendas e dos animais.

Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Alexandra Bastos

 

 
 
 
 

 

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