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PESQUISADORES BRASILEIROS
RETORNAM DE EXPEDIÇÃO AO PÓLO
SUL GEOGRÁFICO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2005
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13/01/2005 Os dois
brasileiros que participaram da expedição
científica latino-americana para o Pólo
Sul Geográfico, organizada pelo governo chileno,
retornam hoje (13) para o Brasil. Eles chegam no
aeroporto de Guarulhos (SP), às 12h40, no
vôo da LanChile, e embarcam para Porto Alegre
(RS), às 16h.
Jefferson Simões, pesquisador do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), órgão de
fomento do Ministério da Ciência e
Tecnologia (MCT), e do Programa Antártico
Brasileiro (Proantar), foi o primeiro brasileiro
a fazer o percurso por terra e coordenou a coleta
de amostras da superfície de neve.
O segundo brasileiro que compôs a equipe é
Francisco Aquino, que realizou estudos sobre o clima
na estação chilena de Patriot Hills.
Ambos são professores do Núcleo de
Pesquisas Antárticas e Climáticas
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A expedição
A primeira expedição
latino-americana foi composta por 32 chilenos, dois
brasileiros e mais 42 toneladas de equipamentos
e suprimentos. Eles partiram da base chielena no
dia 13 de novembro, com o objetivo de avançar
nas investigações do papel da Antártica
nas mudanças globais, principalmente no controle
do clima da América do Sul. Ao mesmo tempo,
os pesquisadores chilenos estudaram o movimento
do gelo antártico.
A viagem durou dois meses e meio e a equipe percorreu
2.250km, executou seis perfurações
de gelo (entre 22 e 46 metros de profundidade),
coletou dezenas de amostras da superfície
da neve, perfazendo 2.200km de levantamentos geofísicos
para determinar espessura, velocidade e estrutura
interna do gelo. Durante o percurso, tiveram que
agüentar até 40 graus negativos e ventos
de mais de 160km/h.
Segundo Jefferson, quando todos os dados, análises
químicas e interpretação de
resultados estiverem completos (cerca de 24 meses),
essa missão dará uma importante contribuição
ao entendimento da variabilidade ambiental na Antártica,
ao longo dos últimos 300 anos. “Essas informações
serão integradas a outros estudos realizados
por pesquisadores de 20 países, que fazem
parte do International Trans-Antarctic Scientific
Expedition (Itase).
Mais informações: http://www.ufrgs.br/nupac/
Fonte: MCT – Ministério
da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa (Renata Dias)