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PESQUISADORES BUSCAM ALTERNATIVAS
PARA EVITAR DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
NA AMAZÔNIA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2005
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14/01/2005 Pesquisadores
de sete países que formam a Amazônia
estarão reunidos em Belém (PA) entre
os dias 19 e 28 deste mês, para trocar experiências
sobre a utilização de Sistemas Agroflorestais
(SAFs) como alternativas à degradação
ambiental. Esses sistemas caracterizam-se basicamente
em aliar o plantio de culturas agrícolas
e essências florestais, seja em pequenas propriedades,
grandes fazendas ou outros cenários. É
fazer agricultura em harmonia com a floresta, ou
levar a própria floresta para áreas
agrícolas e de pastagens.
O wokshop é promovido pelo Centro Mundial
Agroflorestal (Icraf), que tem sede em Nairob, no
Quênia, pela Embrapa Amazônia Oriental
e pelo Centro Internacional de Agricultura Tropical
(Ciat), que tem sede em Kali, na Colômbia.
Ele faz parte das ações da Iniciativa
Amazônica, um consórcio de cooperação
internacional que reúne instituições
de pesquisa e desenvolvimento de seis países
amazônicos em torno de um desafio: melhorar
as condições de vida no ambiente rural
da Amazônia Continental e reverter o processo
acelerado de degradação dos recursos
naturais na região.
“Esta é a primeira atividade concreta da
Iniciativa Amazônica de forma colaborativa.
Espera-se que a partir desse evento seja desencadeado
um processo de formação de uma rede
de pesquisa na Amazônia centrada na utilização
de sistemas agroflorestais como alternativa viável
e sustentável de degradação
ambiental”, explica Roberto Porro, secretário
executivo da Iniciativa Amazônica.
Segundo ele, a implantação dos sistemas
agroflorestais aparece como alternativa concreta
à degradação de recursos naturais.
“Eles ensejam um manejo de recursos naturais dinâmico
e ecológico, que através da integração
de árvores em propriedades agrícolas
ou outros cenários, diversifica e aumenta
a produção, promovendo benefícios
econômicos e sociais para usuários
dos recursos naturais”.
A pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental,
Gladys Souza, explica que existem iniciativas na
região no uso de SAFs, mas são feita
ainda de forma isolada. Ela cita o exemplo da Cooperativa
Agrícola Mista de Tomé Açu
(CAMTA), onde o cultivo de fruteiras e essências
florestais já é bastante utilizado.
No município, os pesquisadores conhecerão
sistemas que utilizam espécies como seringueira,
taperebá, cupuaçu e mogno, além
de cacau e freijó. Um dos objetivos do workshop
é fazer com que as experiências isoladas
sejam intercambiadas e utilizadas como base para
a formulação de políticas públicas.
Fonte: Ministério da Agricultura
(www.agricultura.gov.br)
Assessoria de imprensa