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RECURSOS
PARA OBRAS DE INTEGRAÇÃO DO
SÃO FRANCISCO SÃO SUFICIENTES,
DIZ MINISTRO INTERINO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2005
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10/01/2005 - Embora
os recursos para a integração da bacia
do Rio São Francisco, uma das prioridades
do governo este ano, sejam inferiores aos R$ 1,07
bilhão previstos inicialmente, eles são
suficientes para garantir a execução
das obras neste ano. A garantia foi dada pelo ministro
interino da Integração Nacional, Pedro
Brito, coordenador-geral do projeto.
O orçamento disponível para 2005 é
de R$ 600 milhões. "Como as obras não
começaram em janeiro, como inicialmente estava
previsto, e deverão começar lá
para o final de março, esse adiamento, digamos
assim, permite que com R$ 600 milhões se
construa tudo aquilo que é possível
construir nesse ano", afirmou Brito. "O
projeto não será prejudicado, já
que o cronograma terá seqüência
normal, sem qualquer problema", completou.
O ministro interino disse acreditar que as obras
poderão começar em abril, depois que
o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) conceder uma
licença prévia. Antes, serão
realizadas oito audiências públicas
na região a ser atingida pela integração.
A primeira está prevista para o dia 15, em
Fortaleza (CE), e as outras serão realizadas
até fevereiro.
De acordo com Pedro Brito, a população
que vive na região do semi-árido é
a grande beneficiada do projeto. Estima-se que cerca
de 10 milhões de pessoas serão atendidas.
"É uma região bastante inóspita,
chove muito pouco ali", lembrou o ministro
interino. A idéia, segundo ele, é
dar condições para que as pessoas
tenham água para beber e produzir economicamente.
Brito explicou que serão construídos
dois canais: um em direção ao Ceará,
Paraíba e Rio Grande do Norte, e outro a
Pernambuco e Paraíba. A água será
captada entre as barragens de Sobradinho e Itaparica,
em Pernambuco. O ministro interino informou que
a parcela de água a ser retirada do rio é
muito pequena e não vai prejudicar a população
ribeirinha. "Corresponde a cerca de 1% da vazão
do rio e isso é tão pouco que os instrumentos
de medição da ANA (Agência Nacional
de Águas), que é responsável
pelo controle dos rios, não são capazes
de perceber essa mudança", disse.
Além da integração da bacia
do são Francisco, o ministro disse que o
governo tem também outros instrumentos para
atender à necessidade de água da região,
como construção de cisternas, reformas
e construção de poços.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Luciana Vasconcelos