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BIOARQUITETURA
É UTILIZADA NA CONSTRUÇÃO
DE ESPAÇOS DO FSM
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2005
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19/01/2005 - Arquitetura
de palha, estruturas de eucalipto, paredes de fardo
de arroz, trigo e cevada e telhado de grama. Cerca
de oito das 205 salas de auditório do quinto
Fórum Social Mundial (FSM) terão as
características da bioarquitetura, técnica
que utiliza recursos naturais da região para
construir espaços mais integrados com o meio
ambiente. De acordo com o arquiteto Rodrigo Allgaer,
do Ateliê de Arquitetura do FSM, "as
técnicas de bioconstrução são
tradicionalmente usadas por comunidades e podem
ser aplicadas em larga escala pelo fato de serem
mais econômicas e ecologicamente corretas".
Soldados do Exército Brasileiro, ao lado
de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores
Desempregados (MTD) participaram como mão-de-obra
na construção. Segundo Allgaer, alguns
desses grupos já utilizam a técnica
no Brasil, mas outros estão tendo a oportunidade
de conhecer para, posteriormente, aplicar em suas
regiões.
O arquiteto destaca que as paredes de fardo de palha,
com cerca de 35 cm de espessura permitem isolamento
térmico e acústico superior às
técnicas mais conhecidas. Outras vantagens
desse tipo de construção é
economia de energia, emprego de sistemas alternativos
de refrigeração e calefação."Se
executados de maneira correta, podem oferecer mais
conforto do que os tradicionais", acrescenta.
Os auditórios bioconstruídos, com
capacidade para 100 e 50 lugares, vão abrigar
as atividades do Espaço Temático "Afirmando
e Defendendo os Bens Comuns da Terra e dos Povos
– Como alternativa à mercantilização
e ao controle das transnacionais". Durante
o fórum, também serão edificados
25 auditórios em alvenaria leve, com cobertura
de telhas de material reciclado, como embalagens
de Tetrapac. A paisagem da bioarquitetura fará
parte também do Acampamento Intercontinental
da Juventude (AIJ).
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Cibele Maciel