|
IBAMA BATE
RECORDE DE EMISSÃO DE LICENÇAS
AMBIENTAIS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2005
|
 |
19/01/2005 O número
de licenças ambientais concedidas pelo Ibama
em 2004 superou a média anual dos últimos
cinco anos. Foram 223 licenças só
nesse ano - número maior que a média
de 1999 a 2003, que foi de 152. As licenças
prévias, de instalação e de
operação, autorizações
para supressão de vegetação
e termos de ajustamentos de conduta foram concedidas
para hidrelétricas, gasodutos, linhas de
transmissão, plataformas de exploração
de petróleo, estradas, ferrovias, portos,
pesca, agricultura, entre outros.
Além de bater recorde de licenças,
o Ibama também resolveu passivos de licenciamento
do setor elétrico. A hidrelétrica
de Foz do Chapecó, com 850 MW, teve autorização
para iniciar as obras. A remoção de
5 mil famílias, necessária para a
construção da usina, foi um dos impasses
resolvidos pelo Ibama, com apoio do MME.
A hidrelétrica Barra Grande, cujo processo
chegou aos tribunais, ganhou autorização
de supressão da vegetação de
parte da área do futuro reservatório.
Com 690 MW de capacidade, a usina recebeu a licença
prévia cinco anos atrás com base em
estudo de impacto ambiental que não dimensionava
6 mil hectares de araucárias nativas e em
fase de regeneração.
O erro foi detectado ano passado e o licenciamento,
paralisado. O Ibama, MMA, MME e AGU, em parceria
com o Ministério Público, firmaram
com o empreendedor um Termo de Ajustamento de Conduta
para compra de uma área de mesmo tamanho
na região para criação de um
parque nacional e formação de banco
de germoplasma.
A má qualidade de parte dos projetos e estudos
apresentados, os conflitos sociais e as decisões
judiciais são considerados pelo diretor de
Licenciamento e Qualidade Ambiental do Ibama, Nilvo
Silva, os principais entraves ao licenciamento ambiental.
"Não é burocracia, são
situações da realidade", afirma,
garantindo que projetos de alta qualidade facilitam
a tramitação rápida no Ibama.
O diretor ressaltou que projetos deficientes tornam
o licenciamento longo, pois o Ibama exigirá
complementações. Além disso,
eles abrem caminho para questionamentos judiciais.
Quando licencia uma obra, o Ibama não analisa
apenas impactos ambientais. A ele compete inclusive
mediar conflitos sociais por indenizações
de famílias afetadas pelo empreendimento.
Investimentos estão sendo feitos para aumentar
a capacidade de resposta do órgão:
no início deste ano, será realizado
concurso público para contratar mais 90 analistas
ambientais. O esforço inclui também
a informatização da área de
licenciamento - até fevereiro, qualquer cidadão
poderá acompanhar pela internet os processos
de licenciamento de obras de competência do
Ibama.
É preciso lembrar, ainda, que o sistema de
licenciamento ambiental brasileiro é descentralizado.
Parte das licenças é de atribuição
do Ibama, e outras são de responsabilidade
dos órgãos de meio ambiente nos estados.
Ao Ibama cabe analisar grandes obras de infra-estrutura,
como hidrelétricas, linhas de transmissão,
oleodutos, gasodutos, rodovias e outros empreendimentos
que causem impactos ambientais em mais de um Estado.
Pedidos de supressão de vegetação
também são encaminhados ao instituto.
Fonte: Presidência da República
(www.planalto.gov.br)
Assessoria de imprensa