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IBAMA FAZ
AUDIÊNCIA SOBRE INTEGRAÇÃO
DO SÃO FRANCISCO EM PERNAMBUCO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2005
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(21/01/05) - Salgueiro,
no interior de Pernambuco, é a cidade onde
o Ibama promove a quarta audiência pública
para o licenciamento ambiental das obras de integração
da Bacia do Rio São Francisco. O evento será
neste sábado (22/01), às14h30, no
Auditório da Escola Municipal D. Malan.
De acordo com o projeto de integração,
Salgueiro (a 518 km de Recife) localiza-se próximo
às obras previstas para o eixo norte, de
integração de Cabrobó com os
açudes de Milagres e Chapéus.
As audiências públicas, já promovidas
em Fortaleza, Natal e Sousa (Paraíba), são
realizadas pelo Ibama para que a sociedade possa
questionar o projeto, apontar eventuais problemas
socioambientais das obras em licenciamento e os
empreendedores defenderem a proposta.
Na audiência, o Ministério da Integração
Nacional, empreendedor da obra, junto com empresa
de consultoria contratada (Ecology Brasil) apresentam
o projeto de integração, o estudo
de impacto ambiental e respondem questionamentos
de representantes da sociedade civil.
Todas as manifestações são
registras em vídeo e ata, e serão
consideradas pelos técnicos do Ibama na análise.
"Este é um compromisso do Ibama",
garante o diretor de Licenciamento e Qualidade Ambiental
do Ibama, Nilvo Silva.
Nas três primeiras audiências, houve
a participação de cerca de 1.000 pessoas,
entre especialistas, militantes de organizações
não-governamentais, professores universitários,
procuradores, políticos, empresários
e leigos. A audiência de Fortaleza contou
com a participação de 164 pessoas,
a de Natal com 316 e a de Sousa, com duração
de cinco horas, teve 504 participantes. Aproximadamente
120 perguntas e manifestações foram
respondidas e registradas para análise do
licenciamento.
Após Salgueiro, as audiências ocorrerão,
até o dia 02 de fevereiro, em Belo Horizonte,
Salvador, Aracaju e Alagoas.
Inicialmente previstas para dezembro do ano passado,
a realização das audiências
foi suspensa por força de liminares, posteriormente
cassadas com ações da Advocacia Geral
da União. Na última segunda-feira,
em Brasília, o Conselho Nacional de Recursos
Hídricos aprovou o uso da água do
São Francisco para a integração
da bacia.
Além das audiências públicas,
o Ibama considerará também em suas
análises os pareceres das 84 prefeituras
envolvidas no projeto de integração,
da Funai e do Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (IPHAN), por causa das
terras indígenas e dos sítios arqueológicos
existentes na região do projeto. O Ibama
também fará vistoria técnica
nas áreas de integração.
Regulamento - A audiência, constituída
por mesa diretora e plenário, segue rito
previsto em regulamento. Os participantes devem
se identificar em livro de presença e se
inscrever em formulário próprio para
as manifestações orais ou por escrito.
Cada bloco de dez questionamentos por escrito é
intercalado por dez manifestações
orais.
A intervenção de participantes ou
de representantes do projeto tem duração
máxima de três minutos, prorrogáveis
a critério do presidente da mesa. O participante
interessado dispõe de mais três minutos
para pedir esclarecimentos adicionais, mesmo tempo
concedido a quem couber a resposta.
Todos os documentos apresentados à mesa diretora
são protocolados e juntados ao processo administrativo
do licenciamento. O empreendedor tem 30 minutos
para defender o projeto e a equipe responsável
pelo EIA/Rima, 45 minutos para apresentar o relatório.
Além dos debates gravados e registrados em
ata, o Ibama receberá comentários,
manifestações e sugestões para
anexar ao processo até dez dias após
a realização da audiência.
Os trabalhos são presididos pelo gerente-executivo
do Ibama no estado. O debate obedece à ordem
das inscrições, que podem ser feitas
desde a abertura dos trabalhos até 15 minutos
após a apresentação do EIA/Rima.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Edson Gillet Brasil