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ONU: ASPECTOS
MAIS NEGATIVOS NO BRASIL SÃO SOCIOECONÔMICOS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2005
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18/01/2005 - O Relatório
Nacional de Acompanhamento, divulgado hoje pela
Organização das Nações
Unidas (ONU), mostra que os aspectos mais negativos
do Brasil são socioeconômicos, como
renda, saúde, educação e meio
ambiente.
"Há inúmeras áreas em
que o Brasil está atrasado, tanto no domínio
ambiental, quanto no da igualdade de gêneros
e em certas áreas de saúde. Por exemplo,
a hanseníase continua um problema",
destacou o coordenador da ONU no Brasil, Carlos
Lopes.
De acordo com o relatório os bolsões
de pobreza ainda são uma realidade no país.
Entre as regiões atrasadas, a ONU destaca
o Nordeste, "pela vulnerabilidade à
seca e uma longa história de concentração
da posse da terra". A região é
comparada, no documento, à China, ao sul
do México e ao estado do Ganges, na Índia.
Para o diretor da Organização Internacional
do Trabalho (OIT), Armand Pereira, há apenas
uma maneira de combater a pobreza. "O veículo
principal para a redução da pobreza
terá que ser a melhoria de oportunidades
de emprego e renda", afirmou. No entanto, segundo
ele, isso não depende apenas da ação
do governo. "Depende do diálogo social
melhorado com as organizações de empregadores,
trabalhadores e de parcerias entre sociedade civil
e essas organizações", explica.
O texto do relatório também indica
que é preciso "garantir que investimentos
essenciais em infra-estrutura, capital humano e
administração pública sejam
canalizados para as regiões atrasadas, inclusive
para favelas e grupos sociais excluídos do
processo político e dos benefícios
econômicos".
Apesar das críticas, a ONU elogia os esforços
para melhorar as condições de vida
nas favelas. O Estatuto das Cidades, investimentos
da Caixa Econômica Federal nos setores de
baixa renda e as ações de microcrédito
também são citados de forma positiva
no relatório.
O estudo sugere que o país contribua com
a capacitação de profissionais em
países africanos de língua portuguesa.
"Os países de renda média devem
enfrentar o desafio de concluir o processo de erradicação
da pobreza extrema em seu território e ao
mesmo tempo fazer parte do grupo de países
doadores". De acordo com o relatório
da ONU, na maioria dos grandes países de
renda média existem bolsões de pobreza
que devem ser eliminados.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Lilian Macedo