Panorama
 
 
 
 

FILME IRÁ MOSTRAR CULTURA KAXINAWÁ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2005

25/01/2005 Foram cinco dias viajando de barco pelos rios Tarauacá e Jordão até chegar à aldeia Chico Kurumin, na Terra Indígena do Rio Jordão. A dificuldade de acesso não foi empecilho para que a equipe da produtora Jibóia, de São Paulo, trabalhasse em quarenta horas de filmagem para documentar um dos rituais mais tradicionais e bonitos da cultura Kaxinawá: a dança.

Muitas delas foram apresentadas pela população indígena Kaxinawá durante um festival de cultura que aconteceu entre os dias 27 e 29 de dezembro passado, na aldeia. O evento reuniu no local várias aldeias e lideranças indígenas, além de visitantes japoneses e representantes do Ministério do Meio Ambiente e do Museu de Ciências Naturais dos Estados Unidos.

O indigenista Txai Terry Aquino, que acompanhou a execução do trabalho, explica que pelo menos uma vez por ano as populações indígenas celebram a fertilidade dos solos, através da dança denominada Mariri e festejam os resultados positivos da safra com o Katxa Nawa. Além das danças ligadas ao ciclo agrícola, tem ainda o Tirim que é a festa do gavião real.

A eleição do indígena Siã Kaxinawá, como vice-prefeito do município de Jordão, também foi motivo de comemoração.

"Realmente é algo muito bonito de se ver. Não é a primeira vez que filmamos tribos indígenas. Já temos outros trabalhos no Brasil. Mas essa cultura indígena do Acre é muito impressionante não só pela beleza, mas pela força que representa", comentou o cineasta. paulista Fernando Assad, responsável pela produção. Ele relata que ficou impressionado com o resultado do trabalho. "Dá para fazer um belíssimo filme que nós vamos estar apresentando, inclusive, fora do Brasil, como nos Estados Unidos e na Noruega", disse. A idéia é lançar o documentário, em DVD, já no mês de abril (mês em que se festeja o dia do índio) em Brasília, além de apresentá-lo em festivais internacionais de vídeo. O material produzido também será apresentado nas escolas e incluído no acervo da população Kaxinawá, que já tem outras publicações como livros e outros vídeos.

Este filme é uma iniciativa independente da produtora paulista e foi realizado em parceria com a Associação dos Seringueiros Kaxinawás do Rio Jordão com o apoio da Comissão Pró-índio (CPI), do governo do Estado, através da Secretaria Especial de Povos Indígenas e do Ministério do Meio Ambiente.

A musicalidade da população Kaxinawá, que tem pelo menos dois livros com letras de músicas publicados, é outro traço que chama a atenção. Fernando, que também é músico, disse que ficou surpreendido com a qualidade musical apresentada no festival de cultura.

Quem são os Kaxinawá, Huni Kuin

Os Kaxinawá se autodenominam Huni Kuin, que quer dizer "gente verdadeira" e falam o Hãtxa Kuin, "língua verdadeira", da família lingüística Pano. Sua população é de cerca de seis mil pessoas vivendo em meio à floresta tropical desde o leste peruano até o Acre.

De acordo com dados da CPI, existem, dezessete al-deias Kaxinawá no alto do Rio Purus e em seu afluente, o Curanja, no Peru, com cerca de 1,5 mil indígenas. Os Kaxinawá que vivem no Acre, cerca de 4,5 mil pessoas, habitam doze terras indígenas localizadas no Rio Purus e em vários afluentes do Alto Juruá, como os rios Envira, Muru, Humaitá, Tarauacá, Jordão e Breu.

A população indígena Kaxinawá é a mais numerosa do Acre, representando 43% do total de indígenas do Estado. Apesar do constante contato com os "brancos", a identidade cultural dos Kaxinawá é preservada e muitos de seus conhecimentos são mantidos sob sigilo como a língua, medicina natural, diversas festas, pintura e artesanato.

Trecho de música Kaxinawá
"Katxa Nawa"
Hi! Hê hê hê hê hê hê! Hohô hohô, hohô hohô, Habu kai kirañu, habu kai kirañu, Tama hewã kaiñu, habu kai kirañu, Hohô hohô, habu kai kaikiranu, Tama hewã kaiñu Hohô hohô, hohô hohô Habu kai kirañu, habu kai kirañu, Sheki hewã kaiñu, hôhô, hôhô, (Fonte: Livro de músicas Kaxinawá "Nuku Mimawa Xarabu").

Fonte: A Gazeta do Acre, por Lamlid Nobre.

Fonte: FUNAI – Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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