|
IFC MANTÉM
AMBIGÜIDADE SOBRE PECUÁRIA E
É AUDITADO SOBRE SOJA
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Janeiro de 2005
|
 |
O IFC - braço
do Banco Mundial para o setor privado - afirmou
hoje que eventuais planos para financiar pecuária
na Amazônia brasileira não estão
ainda definidos. Em correspondência enviada
ao Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos
Sociais (FBOMS), o vicepresidente do Banco, Assad
Jabre, alega que um possível empréstimo
ao grupo Bertin, maior exportador de carne do Brasil
e líder no setor do couro na Amazônia,
está ainda em "fase preliminar"
de avaliação. "Caso o IFC avançasse
em considerar esse empréstimo", escreve
ainda o vicepresidente, "todos os procedimentos
da instituição" serão
respeitados e as ONGs serão consultadas.
A carta procura responder à preocupação
das ONGs brasileiras em relação a
documentos oficiais vazados em dezembro, revelando
que o IFC estaria preparando um empréstimo
ao grupo Bertin sem passar pela avaliação
de impacto ambiental requerida pela categoria "A"
(empréstimo de elevado risco ambiental) e
ainda sem levar em consideração a
política geral do Banco Mundial sobre pecuária.
O FBOMS havia solicitado esclarecimentos a respeito
ao Presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn.
A resposta do IFC é considerada ambígua
pelas ONGs, pois alega sutilmente que serão
respeitados "políticas e diretrizes
do IFC", sem mencionar as políticas
e diretrizes mais gerais que se aplicam ao grupo
Banco Mundial como um todo.
Enquanto isso, inicia amanhã a auditoria
- pelo escritório de ombudsman do IFC -sobre
supostas irregularidades no processamento de outro
empréstimo controvertido na Amazônia
brasileira, aquele ao grupo Amaggi, do governador
de Mato Grosso Blairo Maggi, para expansão
da cultura da soja. A auditoria está sendo
realizada a pedido do Presidente Wolfensohn.
Fonte: Amazonia.org.br (www.amazonia.org.br)
Assessoria de imprensa