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MARINA QUER
INTENSIFICAR COOPERAÇÃO “TRILATERAL”
COM PAÍSES DA ÁFRICA
Panorama
Ambiental
Porto Alegre (RS) – Brasil
Janeiro de 2005
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27/01/2005 - A ministra
do Meio Ambiente, Marina Silva, disse hoje que quer
intensificar o processo de ajuda "trilateral"
aos países africanos. A ajuda trilateral
envolve um país africano, um desenvolvido,
que forneceria a ajuda financeira, e o Brasil, que
gerenciaria os recursos. A ministra participa dos
debates sobre desenvolvimento sustentável
no 5° Fórum Social Mundial (FSM).
"No lugar de os países desenvolvidos
fazerem as ações de cooperação
diretamente nos de língua portuguesa na África,
eles estariam contribuindo economicamente para que
o Brasil faça essa cooperação.
E nós podemos ajudar, por exemplo, na parte
de reflorestamento, com a cooperação
técnica, enviando peritos brasileiros nesta
área", explicou.
Para a ministra, a semelhança entre a cultura
dos países africanos e a do Brasil é
um fator determinante para a eficiência dos
programas de auxílio. "Nós achamos
que a cooperação trilateral é
muito importante na medida em que os países
que têm cultura semelhante e, às vezes,
até a mesma língua, como é
o caso do Brasil, possam estar passando suas experiências
para esses países, já que países
desenvolvidos não têm familiaridade
com essas realidades".
Em meio às discussões do encontro
em Porto Alegre, a ministra ressaltou que o Brasil
está buscando formas de ser beneficiado com
a aprovação do protocolo de Kyoto.
O protocolo pede que os países desenvolvidos
reduzam suas emissões em 5% em relação
aos níveis de poluição de 11000.
Essas metas deverão ser atingidas no primeiro
período de compromisso do Protocolo, entre
2008 e 2012. O Brasil poderia "vender"
sua cota de não poluição para
países que poluem acima do exigido pelo acordo.
"Com o protocolo de Kyoto estamos buscando
cada vez mais aperfeiçoar a forma de como
seremos beneficiados no mecanismo de desenvolvimento
limpo. Isso é um trabalho feitoem conjunto
pelo o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério
de Ciência e Tecnologia. Nós não
somos o ponto focal, mas estamos devidamente imbuídos
desse propósito de ampliar cada vez mais
esse potencial", afirmou a ministra.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Bruno Bocchini