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BRASIL E
JAPÃO AVANÇAM NA EXECUÇÃO
DO PROGRAMA DE AGRICULTURA ENERGÉTICA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005
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03/02/2005 - O ministro
da Agricultura, Roberto Rodrigues, assinou hoje
um termo de referência com representantes
do Japan Bank for International Cooperation (JBIC),
que representa um avanço no projeto do acordo
bilateral entre Brasil e Japão, que visa
à execução do Programa Brasileiro
de Agricultura Energética.
O acordo bilateral propõe aos japoneses um
financiamento a projetos brasileiros de longo prazo
para aumentar a produção de álcool
combustível no Brasil. Em troca, o país
exportaria o excedente da produção
para o mercado japonês. O álcool brasileiro
seria adicionado à gasolina, baseado numa
medida aprovada pelo governo do japonês em
2003.
O Programa de Agricultura Energética foi
apresentado pelo ministro Rodrigues durante visita
ao Japão no ano passado. Segundo o presidente
da União da Agroindústria Canavieira
de São Paulo (Unica), Eduardo de Carvalho,
"nós temos trabalhado no desenvolvimento
do mercado japonês de álcool combustível
há mais de três anos. Depois da visita
do primeiro-ministro Junichiro Koizumi, o assunto
ficou diferente e nós combinamos de mandar
uma comissão ao país para discutir
vários aspectos técnicos do uso de
álcool na mistura com gasolina".
A missão brasileira, formada por representantes
dos Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior e técnicos
da Petrobrás, da área automobilística
e meio ambiente, visitou órgãos do
governo japonês, o JBIC e o Instituto de Pesquisas
de Tsokuba, onde está sendo feito o teste
de mistura de etanol na gasolina. "Lá,
vimos resultados extremamente positivos. Estivemos
com cinco segmentos de mercado japoneses, mostrando
esses resultados, e sentimos o clima muito favorável",
descreveu o presidente da Unica.
O Programa estará entre os temas tratados
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva
durante sua visita ao Japão, prevista para
maio deste ano. "Existe uma grande vontade
política de implementar um programa dessa
natureza. Ainda temos muito trabalho a ser feito
e é isso que nós viemos discutir aqui
em Brasília hoje. Queremos escutar as sugestões
do ministro (das Relações Exteriores)
Celso Amorim para os passos seguintes", explicou
Carvalho.
* Colaborou Juliana Borre
Fonte: Agência Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Érica Santana