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MARINA DEFENDEU
TURISMO COM TROCAS CULTURAIS E USO CORRETO
DAS RIQUEZAS NATURAIS
Panorama
Ambiental
Porto Alegre (RS) – Brasil
Fevereiro de 2005
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Ministra
participou de lançamento de campanha contra
turismo sexual de crianças
Porto Alegre (RS)
- A ministra Marina Silva participou nesse domingo
(30), no 5º Fórum Social Mundial, em
Porto Alegre, do lançamento de uma campanha
contra o crime do turismo sexual de crianças,
promovida por governos e organizações
não-governamentais da Itália e do
Brasil. A ministra defendeu que a atividade turística
sirva para uma troca informações e
de conhecimentos, com base em uma cultura de paz
e de respeito e no aproveitamento correto das riquezas
naturais do país. "Espero que as pessoas
venham para cá trazendo o melhor do seu melhor,
e não para praticar aqui o que não
tem coragem de fazer em seus países",
disse.
Marina Silva participou do lançamento da
campanha a convite de entidades italianas da região
da Toscana. O turismo sexual atrairia pelo menos
700 mil europeus a cada ano, que viriam para o Brasil
inclusive com o apoio de agências especializadas.
O ano de 2005 foi escolhido pelo governo brasileiro
como de combate ao turismo sexual.
Durante seu discurso, Marina Silva fez um paralelo
entre a degradação social e a destruição
ambiental, salientando que ambas contribuem para
"a destruição de uma civilização
ou até mesmo da raça humana".
Segundo ela, a perda de valores fundamentais, como
a solidariedade, o respeito à vida e à
dignidade humana levam a uma "destruição
muito rápida". Uma prova disso seriam
os genocídios (tentativas de exterminar grupos
étnicos) que aconteceram ao longo da história,
frutos de uma cultura de guerra e de desrespeito.
"O mais alto grau dessa visão, sem valores
morais e éticos, acontece quando se perde
o respeito pelas crianças".
De acordo com a ministra, a destruição
da natureza, da cultura de populações
tradicionais, inclusive causando migração
de populações, acontece de forma progressiva,
ao longo de milhares de anos. Para ela, felizmente
a sociedade vem tomando consciência de que
os recursos naturais são finitos e de que
é preciso construir uma cultura de sustentabilidade
econômica, social, ambiental, política
e, principalmente, ética. "É
preciso cuidar de nossa casa comum, do lar que nos
abriga", disse.
Marina Silva lembrou que o Ministério do
Meio Ambiente vem trabalhando em parceria com o
Ministério do Desenvolvimento Social para
o desenvolvimento de comunidades tradicionais. Uma
reunião foi realizada na última sexta-feira
(28). Além disso, programas semelhantes estão
sendo contruídos para o Semi-Árido
e para o Pantanal, e o Programa de Combate ao Desmatamento
na Amazônia inclui iniciativas para fomentar
a agricultura sustentável, como foco no estado
do Mato Grosso.
Povos tradicionais
Na última
sexta-feira (28), Marina Silva participou da primeira
reunião para discutir a criação
de uma Política Nacional para Comunidades
Tradicionais. A reunião foi promovida pela
Secretaria de Desenvolvimento Sustentável
do Ministério do Meio Ambiente e aconteceu
durante o 5º Fórum Social Mundial, em
Porto Alegre (RS). Também participaram organizações
que representam populações tradicionais
de todos os biomas brasileiros, como povos indígenas,
seringueiros, quilombolas, quebradeiras de coco,
ribeirinhos e extrativistas. De acordo com Gilney
Viana, secretário de Desenvolvimento Sustentável,
"uma proposta para a política deve ser
concluída até o fim de março".
Em dezembro do ano passado, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva assinou decreto criando a Comissão
Nacional de Desenvolvimento Sustentável das
Comunidades Tradicionais.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom